ISSN 2359-5191

13/07/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 69 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Lenços fluoretados são preferência para a higiene bucal dos bebês

São Paulo (AUN - USP) - Esse foi o objeto de um estudo clínico da Faculdade de Odontologia da USP (FO/USP). Ambas as técnicas analisadas apresentaram-se eficazes, porém 48% das mães participantes disseram preferir os lenços na hora da limpeza. O processo foi feito através de uma iniciação científica em Odontopediatria, orientada pelo professor Marcelo Bönecker e realizada por cinco alunas da FO/USP.

Para a análise, foi entregue à cada mãe uma escova dental (fase 1), lenços Oral Wipes (fase 2) e gaze umedecida (fase 3). Os 25 bebês que integraram a pesquisa possuíam “alto risco de cárie, identificados pelo aleitamento noturno artificial com conteúdo de substâncias adoçadas e sem hábitos de higienização bucal noturna”. Nenhuma das técnicas bucais foram recomendadas durante o experimento. “A gente não podia ensinar nenhum método pra que não houvesse uma influência nossa no processo”, informa uma das autoras do projeto, Juliana Pereira Zuim.

Foi constatado que os três materiais removeram significativamente a placa dentária (biofilme) dos bebês. Juliana explica que a higiene bucal nessa idade “é totalmente diferente da de um adulto. Com a força mecânica que a mãe impunha nos lencinhos ou na gase, a higiene necessária já era feita, diferente de um adulto que precisa passar o fio dental todos os dias”. Entretanto, os lenços Oral Wipes tiveram maior receptividade tanto pelas mães, quanto pelas crianças, que apresentaram um melhor comportamento em relação ao uso da escova.

“Depois que o leite foi dado, você coloca o lencinho no dedo e passa na boca da criança, e aí já limpa. Talvez com a escova, a criança já tenha uma memória daquela coisa na boca. E eu creio que as mães não acreditem muito na eficácia da gase para a limpeza”. A indicação é de que os lenços têm uma facilidade prática tanto na limpeza quanto para serem carregados, e, portanto, são “uma boa alternativa para promover a saúde bucal dos bebês”.

A pesquisa teve como objetivo, também, dar ênfase na importância da prevenção da cárie dentária por parte dos pais no período da primeira infância. “A cárie de mamadeira é muito frequente na população ainda, isto porque a mãe acha que a criança não vai ter cárie”, diz Juliana. Muitas vezes, o bebê não recebe higienização após tomar o leite, principalmente durante a noite ou de madrugada. “A incidência de cárie de mamadeira é maior porque as mães dão de mamar para a criança e ela vai dormir. E o que acontece? O leite fermenta na boca.” A aluna enfatiza também que as bactérias da cárie são transmissíveis de pai para filho, o que demonstra a possibilidade dessa doença nessas crianças.

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