ISSN 2359-5191

21/07/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 77 - Saúde - Escola de Enfermagem
Estudo da íris pode detectar tendência a diabetes

São Paulo (AUN - USP) - Os resultados de estudos realizados na Escola de Enfermagem (EE/USP) confirmam que sinais encontrados na íris sugerem predisposição para diabetes. A aplicação destes na prática representa a possibilidade de prevenção desta doença por meio da conscientização de hábitos saudáveis iniciados na infância e adolescência.

Iridologia é um procedimento introdutório que permite conhecer, em certo momento, a constituição geral e parcial do indivíduo por meio da análise de sua íris. O objetivo desse método é detectar precocemente sinais que sugerem determinadas condições patológicas e distúrbios em evolução para possibilitar intervenção e evitar o surgimento ou agravamento da doença.

A tese de doutorado Avaliação da prevalência e da herdabilidade dos sinais iridológicos que sugerem Diabetes Mellitus em indivíduos com e sem a doença, de Léia Salles, teve como objetivo verificar a predominância de dois sinais iridológicos que os especialistas afirmam sugerir predisposição para diabetes, o sinal do pâncreas e a Cruz de Andréas, em indivíduos com e sem a doença. Ela é continuação da dissertação de mestrado da pesquisadora, que teve como objetivo verificar a prevalência destes sinais em indivíduos com diabetes mellitus e a associação destes sinais com os três fatores de risco reconhecidos mundialmente para a doença: obesidade, sedentarismo e hereditariedade.

A escolha do tema se deu, de acordo com Léia, porque a diabetes é um problema de saúde pública e a iridiologia apresenta possibilidade de prevenção de doenças. a pesquisadora explica que o crescimento das doenças crônico-degenerativas deve-se ao rápido envelhecimento da população. Um dos desafios mundiais de saúde é encontrar novos e mais eficazes modos de prevenir o aparecimento destas. “As terapias complementares, com o seu olhar holístico, podem ser uma ferramenta útil para o enfrentamento deste desafio.” Na opinião de Léia, “utilizadas de maneira sistemática, elas auxiliam na promoção da saúde e prevenção de doenças”.

O Grupo de Estudos em Práticas Alternativas e Complementares em Saúde, do qual Léia faz parte, é liderado pela professora Maria Júlia Paes da Silva, da EE. Algumas das práticas investigadas são terapia floral, reflexologia, musicoterapia, aromaterapia, massagem, acupuntura e auricoloterapia e iridologia. Segundo Léia, com o aumento mundial na procura por estas práticas, crescem as discussões e debates sobre elas e torna-se necessário encontrar evidências de segurança e efetividade por meio de pesquisa e orientação reforçada no manual da Organização Mundial da Saúde sobre estratégias para o uso da medicina tradicional.

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