São Paulo (AUN - USP) - O presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Lino Nogueira Rodrigues Filho, considera que a parceria com a Sociedade Brasileira de tecnologia e Embriões (SBTE) deve levar mais capacitação para o campo e assim popularizar a técnica de inseminação artificial e a transferência de embriões. Essa parceria terá como fruto o 1º Simpósio Asbia/SBTE de Inseminação Artificial, realizado em Foz do Iguaçu, durante a reunião anual da SBTE, que tem como presidente o professor titula da Veterinária da USP Pietro Sampaio Baruselli.
Atualmente pouco mais de 10% das matrizes são inseminadas no Brasil. Isso representa um crescimento de 70% nos últimos três anos. Entretanto, quando comparado com números europeus, onde cerca de 60% das matrizes são inseminadas, significa um número muito baixo. “A meta é até 2013 inseminar 13% das matrizes em idade reprodutiva”, destaca Rodrigues.
Entre os fatores que limitam esse crescimento está a carência na mão de obra, ou seja, a falta de inseminadores. Também falta uma maior capacitação do setor em todo o processo, pois o sucesso da inseminação depende substancialmente de uma boa nutrição e manejo adequado. São barreiras a serem vencidas pela Asbia com a parceria e ajuda da SBTE.
São várias as vantagens do processo de inseminação. Primeiramente, os animais fruto de inseminação são mais produtivos. A s vacas leiteiras, por exemplo, chegam a ser oito vezes mais produtivas. Além disso, com o processo há maios controle zootécnico e reprodutivo do rebanho, possibilita o cruzamento entre raças, evita acidentes, reduz a dificuldade dos partos e facilita o acesso a reprodutores provados. Por todos esses fatores a parceria entre Asbia e SBTE, e a consequente popularização da inseminação, pode ser benéfica para a produção brasileira.