ISSN 2359-5191

24/07/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 80 - Arte e Cultura - Universidade de São Paulo
Pesquisador da USP investiga relação entre a música e o espaço onde é apresentada

São Paulo (AUN - USP) - Com enfoque na música erudita contemporânea, a dissertação de mestrado de Juliano Veraldo da Costa Pita, procura estudar a relação entre a música e os espaços em que são feitas as apresentações. A dissertação foi apresentada ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo do campus de São Carlos da Universidade de São Paulo.

A abordagem escolhida, conta Pita, não foi a da descrição e análise do ponto de vista arquitetônico, técnico ou ainda, social. A relação entre o espaço onde é apresentada e o próprio desenvolvimento da música é o principal ponto de investigação.

Um dos espaços analisados é a Sala São Paulo, instalada em 1999 no edifício da Estrada de Ferro de Sorocaba, junto à estação Júlio Prestes de trem. A Sala é sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sendo um espaço inteiramente dedicado à música.

Para poder abrigar os mais diversos gêneros da música erudita, o espaço conta com um forro móvel, que pode ser ajustado de acordo com as peças que serão tocadas em determinado evento, mas com foco nos períodos clássico e romântico. “A música contemporânea, que demanda outros recursos que não os originalmente contidos na sala, não é contemplada na sua totalidade senão por meio de grande adaptação do espaço e perda de parte do conteúdo da peça”, diz Juliano.

Outro objeto de análise é o Auditório do Parque do Ibirapuera, que foi construído em 2005, embora o projeto já houvesse sido concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer ainda nos anos 1950. O Auditório atual é a 12ª versão desde a concepção inicial de Niemeyer.

Mesmo que no projeto original sua atividade fosse voltada para outros eventos culturais, como o teatro e a dança, nas últimas revisões do projeto ficou clara a priorização de apresentações musicais. Um aspecto interessante é a possibilidade de se abrir a parte posterior do palco, proporcionando apresentações ao ar livre para o público que ocupa o gramado dos fundos do Auditório.

Embora seja muito comum que se realizem apresentações musicais de todos os tipos em ambientes que não foram construídos para esse fim, como praças e estádios, o público toma como referência muito mais o show, o momento, do que o espaço em que ele acontece. Já no caso dos auditórios, teatros e salas de concerto, a relação é outra. Segundo o pesquisador, “são os locais onde atualmente a ligação entre o espaço e a música é mais forte, tanto em termos de projeto quanto em termos imagéticos”.

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