São Paulo (AUN - USP) - O arquiteto moderno necessita de uma formação estendida e aprofundada. É o que pensam alguns professores da FAUUSP, que fazem parte da comissão de implantação de uma nova modalidade de curso. A proposta, que já está em fase experimental, contempla um curso ampliado para os alunos de Arquitetura com extensão de 2 anos no curso de Engenharia Civil na Poli e vice-versa, para os alunos da Poli na FAU.
Já foi realizado um debate sobre o tema no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) em São Paulo, em julho passado, com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre a proposta, que atualmente tem o nome de dupla formação. A denominação é temporária, já que o nome pode induzir ao equívoco de que se trata de dupla diplomação, o que, de fato, não acontecerá. Portanto, os professores estão em busca de uma denominação mais precisa para o curso, para a sua devida divulgação.
O modelo dessa proposta foi inspirado em experiências de escolas na França e na Bélgica. A parceria entre FAU e Poli seria oferecida em caráter optativo para os alunos dos dois cursos.
O objetivo do novo curso é possibilitar ao futuro profissional de Arquitetura uma formação mais abrangente e aprofundada na área tecnológica, bem como ao aluno de Engenharia Civil, um maior aprofundamento na área das humanas e de projetos.
São quatro anos na FAU, mais dois anos para as matérias que serão cursadas na Poli, e, finalmente, a conclusão na FAU até o TFG (Trabalho Final de Graduação), totalizando sete anos de formação. Atualmente, 15 alunos participam do curso de dupla formação e estão plenamente satisfeitos com a experiência.
A criação desse novo modelo de formação do profissional da construção civil busca formar um arquiteto com maior instrumental técnico e científico uma vez que a sociedade contemporânea demanda esse conhecimento tecnológico.