São Paulo (AUN - USP) - Com investimento de R$ 400 mil aprovados pela Pró-Reitoria de Graduação, a Faculdade de Odontologia da USP ganhará um novo espaço de convivência e aprendizado. O projeto será voltado para alunos de graduação de forma que eles tenham a liberdade de fazer pesquisas laboratoriais e teóricas de uma maneira mais independente. A primeira parte do projeto deveria ficar pronta em 18 meses, mas devido a outras reformas, provavelmente haverá atrasos.

O espaço que, ao todo está orçado em R$ 1 milhão, será feito através de reforma e ampliação do prédio da Biblioteca da Faculdade de Odontologia. O local contará com laboratórios práticos, locais para produção teórica, edição de vídeos, videoconferências e café para convivência entre alunos. Lucia Maria S. Verônica Costa Ramos, Diretora Técnica do Serviço de Documentação Odontológica da FO (SDO), diz que o intuito desta construção é unir não somente os cursos da faculdade, mas todas as unidades que tenham interesse em estudar tecnologia e saúde. A área de intervenção será de 518,40 metros quadrados anexos ao Serviço de Documentação Odontológica (SDO/FOUSP), sendo 103,68 metros quadrados para sala de aula e 414,72 metros quadrados para o Espaço Integrado com capacidade de receber cerca de 96 alunos por dia.

O professor Moacir Domingos Novelli é o idealizador do projeto e se inspirou no modelo CRAI (Centro de Recursos para el Aprendizaje e la Investigación) desenvolvido na Europa. Ele vê, agora, parte de seus planos prestes a se tornar realidade. Há mais de dez anos, Novelli voltava do velho continente e começava um projeto chamado SIAE (Sistema Integrado de Apoio ao Ensino), que teve a sigla deixada de lado depois de algum tempo e trocas de gestões. A vontade de destinar locais de pesquisa equipados e disponíveis para alunos de graduação, porém, não morreu junto com a sigla e se concretiza com a aprovação da verba inicial para a reforma e ampliação da Biblioteca da Faculdade de Odontologia.

Ele conta que “é preciso uma mudança de paradigma para se investir em pesquisa livre durante a graduação” e que, para isso é também necessário que haja professores dispostos a dedicar parte de seu tempo orientando alunos em laboratórios como os que serão construídos. No entanto, funcionando como o previsto, Lúcia destaca que o projeto “vai inserir no currículo novas formas de atuar e mudar o panorama de atuação do aluno, bibliotecário e docente”.

A interação entre os estudantes é um dos pontos que Lúcia destaca com mais intensidade: “Um contribui com o outro, unindo experiências”. E complementa: “É um grão de areia no oceano, mas é um começo”. As expectativas em relação ao projeto são grandes, e depois de muita insistência, ele tem sido bem recebido. Ela acredita que este projeto resultará no fortalecimento das atividades de investigação científica na instituição”. Novelli diz que há professores dispostos a prestarem serviços nos laboratórios, orientando pesquisas quando necessário, o que provavelmente já acontecerá com o final da primeira etapa da construção. Segundo Rosivaldo Borges, assessor financeiro da FO, o investimento de R$ 400 mil já tornará o local utilizável para os alunos.