ISSN 2359-5191

07/11/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 105 - Economia e Política - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Estudantes da FEA criam rede social para voluntários

São Paulo (AUN - USP) - Quatro estudantes do quinto ano de administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP) resolveram unir o gosto por trabalho voluntário e a vontade de abrir o próprio negócio. Os jovens criaram a rede social Atados, onde os usuários se cadastram e marcam presença em alguns atos de voluntariado lançados por instituições sociais.

A ideia surgiu há seis meses, a partir de uma reflexão de que faltava na mídia algum instrumento de estímulo para a atividade voluntária. “Muitas pessoas tem o desejo de fazer trabalhos voluntários, mas não sabem exatamente como proceder”, conta Daniel Morais, um dos criadores do projeto. Além dele, fazem parte do projeto os estudantes André Cervi, Bruno Tataren e Luis Madaleno, todos alunos da FEA.

A partir da ideia, o grupo de estudantes trabalhou para conseguir apoio de instituições e usuários, através de anúncios em outras redes sociais, como o Facebook. O site foi lançado na última terça-feira do mês de outubro (30), com cerca de 70 ongs parceiras e centenas de pessoas pré-cadastradas. Os estudantes apostam bastante na criação de um círculo de amizades que faça as pessoas se envolverem com o voluntariado. “Apostamos muito na ideia de fazer atos com amigos, porque atrai muito as pessoas”, aponta Morais, que acredita que o primeiro passo é sempre o mais difícil no trabalho voluntário.

Outro trunfo da rede social é a quantidade de informações de cada ato voluntário, que estarão disponíveis para todos. Assim, antes de marcarem presença, os usuários devem ter a certeza de que as características de determinado ato são compatíveis com seu interesse. O site terá um controle para saber se as pessoas de fato compareceram aos atos, para evitar problemas de comprometimento com as instituições.

O funcionamento básico da rede social é a criação desses atos por parte das instituições, para que os usuários, eventualmente, marquem presença. As atividades vão desde a leitura de livros infantis para crianças cegas até o auxílio no desenvolvimento de sites das ongs. Por isso, existe uma enorme diversidade de atos, para que as pessoas possam ajudar da maneira que puderem. A estimativa inicial é de 130 atos, com mais de três mil vagas disponíveis para voluntários. Porém, o número tende a crescer, assim como a quantidade de ONGs parceiras.

Do ponto de vista de negócio, o Atados vem trazendo resultados positivos para os estudantes. Recentemente, eles venceram a competição de ideias da empresa de consultoria ATKearney, o que lhes garantiu participação na Falling Walls Conference, evento que reúne iniciativas inovadoras de todo o mundo, e será realizado em Berlim, no dia 9 de novembro. “Em relação ao nosso projeto, a gente pode sentir que o Atados é diferenciado em relação aos outros, por ser um negócio social com grande potencial de escala”, explica Bruno Tataren. O grupo ainda está na fase final do Ideias Já, competição realizada pela Startup House, que também atua com empreendedorismo.

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