ISSN 2359-5191

14/11/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 110 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
Conforto em aeronaves é tema de palestra na Poli

São Paulo (AUN - USP) - No dia 7 de novembro, durante a 2ª Conferência USP sobre Engenharia realizada na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), especialistas brasileiros e estrangeiros discutiram o tema de projetos relacionados a fatores humanos. Entre os estudos apresentados, está o Centro de Engenharia e Conforto (CEC), coordenado pelo professor Jurandir Itizo Yanagihara, chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli.

Segundo Yanagihara, o CEC surgiu da parceria da USP com a Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade Federal de São Carlos e a Embraer, a fim de propor análises mais específicas sobre os itens que influenciam no conforto dos passageiros nas cabines das aeronaves da companhia.

Localizado na Poli, o laboratório é um dos mais completos do mundo, sendo que só há um similar no Instituto Fraunhofer, na Alemanha. Constituído de uma sala de embarque com as características de um aeroporto convencional, o empreendimento conta também com uma cabine que permite simular as condições de um voo real. Assim, desde abril desse ano, os pesquisadores têm realizado testes para somar dados experimentais relevantes às pesquisas com modelos matemáticos.

Sujeitos a estímulos que variam da emissão do ruído provocado pelo pouso ou decolagem de um avião comum até a sua temperatura ou luminosidade interior, os voluntários manifestam respostas que permitem aos engenheiros envolvidos no projeto avaliar com maior precisão o conforto do ambiente durante a suposta viagem.

Com o intuito de obter dados consistentes, o pesquisador revela que os descritores voluntários são submetidos a um treinamento, que também é planejado com o apoio de profissionais da área de psicofisiologia. Acostumados a lidar com o tema da subjetividade, esses profissionais são responsáveis pelo suporte à realização dos testes de medição do conforto nas aeronaves. “Para saber se determinado medicamento está surtindo efeito é necessário fazer uma análise objetiva, que nem sempre vem do próprio paciente”, sendo esse conhecimento prévio muito útil para a pesquisa no CEC.

Para Yanagihara, uma das vantagens do estudo está na possibilidade das empresas conhecerem quais os fatores que mais interferem no conforto dentro das aeronaves, a fim de que também possam alocar melhor seus recursos nos diferentes setores que fazem parte desse conjunto. Satisfeito com a chance de produzir noções mais aprofundadas sobre um assunto que possui efeitos práticos, o professor conclui. “Esse conhecimento todo não está disperso em relatórios, mas foi sintetizado em ferramentas computacionais capazes de serem inseridas no projeto da Embraer.”

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