São Paulo (AUN - USP) - Realizada no Instituto de Matemática e Estatística (IME), contou com a presença do professor Barry Cooper, professor de lógica matemática na Universidade de Leeds, na Inglaterra e foi patrocinada pelo Consulado Britânico no Brasil. A palestra, chamada “Alan Turing e a revolução computacional: dez grandes ideias que mudaram o mundo” faz parte de um calendário de eventos devido a 2012 ser o ano de centenário do seu nascimento. Turing teve uma vida curta, falecendo em 54, mas seu trabalho teve proporções gigantescas, “impactou a maneira como o mundo funciona”, segundo Cooper.
Ele é considerado o pai da ciência da computação, pois forneceu a base para muito do que se tem hoje em dia quanto a softwares e sistemas de computadores. Ficou conhecido também por trabalhar para a inteligência britânica durante a Segunda Guerra Mundial. “Seu papel de protagonista na quebra do código alemão no centro de decofidicação em Bletchley Park, ajudou a encurtar a guerra em dois anos”, afirmou Cooper.
Em 1936, Turing criou a “máquina de Turing”, que não é uma máquina física, mas sim, um conceito de “máquina universal” criado pelo matemático. Ela é, de certa forma, um modelo do que são os computadores modernos, mas trata apenas do aspecto lógico do funcionamento. Turing ficou tão impressionado com as possibilidades que a máquina oferecia, que chegou a declarar: “Eu estou construindo um cérebro”. Segundo Cooper, “Turing possuía uma concepção mecanicista da mente e isso o levou a acreditar na possibilidade de máquinas com comportamento inteligente”.
O cientista chegou até a criar um teste para verificar se uma máquina poderia ser considerada dotada de inteligência artificial. Consistia em colocar um operador fazendo perguntas a uma pessoa e à máquina sem saber qual é qual. Se, ao fim da experiência, ele não soubesse dizer qual era o humano, então a máquina teria inteligência artificial.