São Paulo (AUN - USP) - Será realizado, nos dias 9 e 10 de abril, o III Congresso do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Organizado pela presidente de Cultura e Extensão do ICB, Margarida de Mello Aires, da área de Fisiologia Renal, o encontro pretende, a um tempo, organizar e debater os futuros rumos da ciência praticada nesse instituto e levar suas realizações ao alcance de toda a Comunidade USP. Como define Margarida: "Nós estamos fazendo com que a Comunidade veja nossa história". Para isso, além de fóruns sobre os diferentes setores do Instituto, haverá exposições, em forma de pôsteres, de trabalhos já publicados.
O encontro tem a intenção de ajudar o Instituto a solucionar um sério paradoxo que o acompanha desde sua criação. Apesar do lema do ICB, "Ensino e pesquisa na área básica para a saúde humana", que se confirma pela sua atuação no ensino de praticamente todas as áreas das ciências biológicas dentro da USP, o Instituto sofre com a falta de identidade criada por sua fundação a partir de profissionais de outros setores, o que hoje lhe confere um papel secundário mesmo apresentando a produção científica que o elevou à condição de maior captador de recursos de toda a Universidade, tanto através do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) entre 1997 e 1999, quanto da Pró-Reitoria de Pesquisa, no ano de 2000.
A organização do evento, que terá sede nas próprias dependências do ICB, está sendo realizada em parceria com o Hospital Universitário (HU). Esse intercâmbio tem a finalidade de aproximar os dois institutos, pois, apesar de atuarem em campos semelhantes, nunca houve um entrosamento maior entre ambos. "Nós sempre quisemos ter contato com o HU porque muitas das nossas pesquisas são feitas com humanos", enaltece Margarida. Endossando esse interesse, terão espaço para exposição também as pesquisas realizadas pelo HU.
O congresso, que também comemora os 30 anos do ICB, completos no último dia 16 de dezembro, será encerrado formalmente com a inauguração da Praça Samuel Pessoa, com presença do reitor da Universidade, Jaques Marcovitch. O nome será dado à praça em homenagem ao engajamento do sanitarista na formação de diversos parasitologistas competentes, alguns dos quais participaram ativamente no Instituto.