Na Faculdade de Medicina na USP foram apresentados diversos estudos que procuram desenvolver tanto vacinas como novos medicamentos para prevenção da aids. O Prof. Robert C. Grant, da Universidade da Califórnia (EUA) apresentou um novo remédio preventivo a base de anti-retrovirais. Ele já foi testado por voluntários nos Estados Unidos tanto homens homosexuais como homens e mulheres heterosexuais.
O medicamento, PrEP (Pre-Exposure Prophylaxis), já foi aprovado pela FDA, orgão semelhante a Anvisa dos EUA. Foi recomendado para homens que estabelecem relações sexuais com homens, qualquer pessoa que não utilize preservativos ou com Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Ele deve ser tomado diariamente por via oral.Mas se ingerido em menor frequência a prevenção será realizada, mas com menor eficácia.
Segundo o professor, se o remédio for tomado todo dia o risco de infecção com o vírus pode ser reduzido a mais que a metade. Porém é recomendado que o paciente faça o exame de HIV a cada três meses para certificar que a proteção está sendo mantida.
Em um estudo paralelo chamado de Partners PrEP, feito pela Universidade de Washington, o tratamento foi testado em casais com apenas uma das pessoas HIV positivo. O risco de infecção reduziu-se aproximadamente 90% nos pacientes medicados.
Uma preocupação que apareceu junto ao surgimento do novo medicamento é que ele poderia influenciar no aumento de sexo desprotegido e no aumento de parceiros sexuais. Contrário a essas hipóteses, os resultados da pesquisa mostraram que os pacientes passaram a se lembrar diaramente do vírus ao tomar o medicamento. Inclusive há provas que se tornaram mais seguros nas práticas sexuais, pois deixaram de negara existência da aids e por consequencia prestarem mais atenção em suas ações.
Desenvolvimento de vacinas
Diversos tipos de vacina estão no processo de serem criadas, porém nenhum dos modelos já está próximo de ser comercializado, como o do medicamento. O professor David Waltkins, da Universidade de Miami, apresentou um estudo realizado em macacos feito em parceria com brasileiros.
A pesquisa começou analisando o casos raros de pessoas que possuem uma defesa imunológica ao vírus HIV e a ligação dessas pessoas com a presença de dois alelos específicos, HLA-B* 27 e HLA-B* 57. A partir desse ponto, a equipe de Miami, vacinou macacos-rhesus (Macaca mullata) com alelos equivalentes e fizeram testes para checar a resposta imune dos animais contra vírus semelhantes ao HIV.
O projeto de Waltinks tem como objetivo é aumentar o nível de células CD8+ T que controlam a replicação do vírus da aids. Até agora já se descobriu que partes dos alelos são capazes de gerar o aumento dessas células. Porém o professor ressalta que a respostas em macacos pode ser diferenciada da resposta em humanos, ou seja, ainda há um longo caminho até uma vacina real.