ISSN 2359-5191

20/06/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 41 - Educação - Departamento de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Pesquisadora da USP compara métodos de ensino de Fonoaudiologia

Silmara Rondon Melo, pesquisadora do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (FOFITO), observou dois métodos para se estudar  Anatomia e  Fisiologia do Sistema Miofuncional Orofacial (SMFO), uma das disciplinas da graduação. Os métodos comparados foram o método interativo e o método tradicional. O primeiro se mostrou eficaz para a compreensão em curto prazo de questões de Anatomia, já o segundo é eficaz em curto e longo prazo tanto para Anatomia quanto para a Fisiologia do SMFO.

O método interativo consiste no uso de um jogo de computador em formato de quiz, ou seja, com perguntas de múltipla escolha que abordam um certo tema. O jogo era ministrado em um notebook conectado a um projetor e, a cada sessão, um, dos 15 alunos avaliados, operava o programa. Cada tema era questionado duas vezes e as respostas eram repetidas ainda mais uma vez para fixar o conteúdo.

Outros 14 estudantes foram submetidos aos meios tradicionais de ensino. A cada semana o grupo lia um texto que era acompanhado de imagens relacionadas aos temas. Os alunos deveriam estudar como fazem normalmente, sendo ou em grupo ou individualmente, durante a permanência na sala.

Durante o estudo foram feitos três testes de 50 questões de múltipla escolha. O primeiro, o pré-teste, avaliou os conhecimentos prévios de cada aluno antes do ínicio do estudo. O segundo, o pós-teste, logo após a aplicação dos métodos, verificou a retenção de conhecimento em curto prazo e o terceiro, o pós-teste tardio, foi realizado seis meses depois e observou o aprendizado em longo prazo.

Silmara Rondon Melo foi pioneira no assunto, por isso, os questionários aplicados foram desenvolvidos especialmente para o estudo. Foram realizadas diversas comparações entre os resultados tanto entre os diferentes grupos como dentro de cada um deles. Os resultados mostraram que os métodos são equivalentes para adquirir o conhecimento em curto prazo. Porém, o tradicional é mais eficiente a longo prazo.

A razão que nenhum estudo tenha sido publicado na literatura deve-se, em grande parte, ao fato que o uso de jogos computacionais ainda não tem sido muito explorada nas salas de aula do Ensino Superior. Os jogos são iniciativas inovadoras restritos a alguns ambientes. É necessário também novos estudos para avaliar quais são as melhores maneiras de aplicar esse método como forma de ensino complementar.

Segundo Silmara, os métodos interativos precisam ser ampliados, melhor controlados e aprimorados. Ela diz que devem ser pesquisados os efeitos motivacionais dos jogos nos alunos e quais os tipos de jogos são mais eficazes. Nesse momento ela verifica o nível de motivação gerada por eles e deve publicar os resultados em breve. Ela também sugere para o futuro que se investigue os impactos dos jogos computacionais no desenvolvimento do raciocínio e sua influência da prática clínica.Esse estudo foi publicado na BMC Medical Education no início desse ano e pode ser visualizado neste link.


Leia também...
Nesta Edição
Destaques

Educação básica é alvo de livros organizados por pesquisadores uspianos

Pesquisa testa software que melhora habilidades fundamentais para o bom desempenho escolar

Pesquisa avalia influência de supermercados na compra de alimentos ultraprocessados

Edições Anteriores
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br