ISSN 2359-5191

01/12/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 21 - Meio Ambiente - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
Fungos ajudam a salvar araucária
Ao seguir o ditado do “uma mão lava a outra”, os dois organismos ajudam-se mutuamente, contribuindo para evitar extinção deste tipo de planta em diversas regiões brasileiras

São Paulo (AUN - USP) - A professora Elke Jurandy Bran Nogueira Cardoso, do departamento de Solos e Nutrição de Plantas da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) coordena equipe que estuda a associação entre fungos e raízes de araucárias.

Tal relação favorece ambas as estruturas. Por um lado, estes tipos de fungos, conhecidos como fungos micorrízicos arbusculares (FMA), obtém açúcares através de filamentos que penetram na célula vegetal. Por outro, as raízes da araucária ganham nutrientes minerais, principalmente o fósforo, vindos dos fungos.

Chamada simbiose mutualística, esta dependência entre dois organismos, no caso específico, também contribui para que a área e o volume de solo explorado pela raiz seja maior. Isto porque os fungos formam uma espécie de extensão do sistema radicular, através de estruturas chamadas micorrizas.

As araucárias, encontradas predominantemente no sul do país, estão em processo de extinção em algumas regiões. A madeira é usada para fabricação de móveis, casas e resinas, e a semente – o pinhão – serve como alimento para os animais da floresta e manutenção de uma comunidade específica de animais.

A simbiose com o fungo micorrízico acontece em diversas outras plantas como soja, citros e cafeeiro. O aproveitamento desta possibilidade de nutrição dos vegetais facilita a promoção de técnicas sustentáveis de agricultura.

Os estudos fazem parte de uma rede maior e multidisciplinar que procura conhecer o ecossistema da floresta nativa da araucária e manter o ambiente natural para se tentar replantar esta que é conhecida como sendo o pinheiro brasileiro.

A diversidade genética das árvores, a composição florística do entorno, a macrofauna do sistema e as interações entre tais agentes são outros focos de estudo do grupo maior.

Participam do projeto os departamentos de Botânica e Solos e Nutrição de Plantas da ESALQ, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Embrapa do Rio de Janeiro, da Universidade de Maringá e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

Para mais informações ligue para (19) 3429-4171 / (19) 3429-4170 ou mande e-mail para lsn@esalq.usp.br

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