ISSN 2359-5191

22/10/2013 - Ano: 46 - Edição Nº: 85 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
Software desenvolvido pela Poli ajuda na catalogação de espécimes
Ferramenta permite a associação de imagens, sons, vídeos e até referências bibliográficas a um determinado registro

O Biodiversity Data Digitizer (BDD) é uma ferramenta desenvolvida pela Poli/USP em parceria com instituições internacionais, como a Food and Agriculture Organization das Nações Unidas (FAO) e o Instituto Nacional de Biodiversidade (Inbio) da Costa Rica. O software é utilizado para catalogar dados de espécies de animais, plantas e demais itens de coleta ou observação relacionados à biodiversidade.

Pesquisadores, estudantes e profissionais atuantes na área de biodiversidade terão à disposição uma ferramenta capaz de facilitar o dia a dia da catalogação de espécies e materiais biológicos. Com o BDD será possível armazenar dados de coletas e de observações de uma maneira muito mais simples e prática do que as utilizadas até então, caso de planilhas e demais portais da área, como o specieslink, por exemplo.

De acordo com Alan Koch Veiga, doutorando em engenharia elétrica pela Poli, o diferencial dessa plataforma é que ela é muito mais cuidadosa com a qualidade dos dados do que as anteriores. Em sua dissertação de mestrado Um estudo sobre qualidade de dados em biodiversidade: aplicação a um sistema de digitalização de ocorrências de espécies, Veigaressaltou o fato de para que os estudos feitos a partir de coletas de dados sejam confiáveis, é importante que as informações fornecidas pelo sistema de catalogação sejam corretas. Por isso, de acordo com doutorando, o estudo buscou encontrar recursos computacionais para “aumentar a qualidade evitando que erros ocorram”.

Qualidade de dados: o grande diferencial do BDD

Alguns dos recursos estudados foram aplicados ao BDD a fim de prevenir erros que costumam ser comuns em outros softwares de gerenciamento de dados biológicos.O primeiro deles está relacionado à erros de digitação e à inconsistência de dados. A ferramenta identifica possíveis nomes científicos escritos de maneira incorreta e, através do auto-completar, sugere outras opções similares. “Todo o sistema é baseado em padrões internacionais e isso facilita compartilhar esses dados com outros sistemas que estão de acordo com esses padrões”, explica Veiga.

Outro recurso que o software possui para aumentar a qualidade de dados é o Geo Tool, que auxilia o preenchimento de dados relativos à localização, evitando, por exemplo, erros de coordenadas. O BDD também possibilita ao usuário acrescentar ao registro pontos de referência em relação ao local onde determinado material biológico foi coletado ou observado. E para o caso de haver certeza do ponto exato, é possível especificar um grau de aproximação do local, definindo uma “margem” de erro para a observação.

Além de todas essas funções, o BDD ainda permite a sincronização com planilhas de excel (incluindo importação e exportação de dados), bem como a associação de imagens, sons, vídeos e até referências bibliográficas a um determinado registro. A ferramenta pode ser acessada pela internet ou instalada diretamente em um computador. Ainda não admite a publicação dos dados arquivados, mas possibilita que o usuário publique-os em outras plataformas.

 

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