São Paulo (AUN - USP) - Como uma forma de apoio à disciplina “Laboratório de Gestão Empresarial” e inspirado nos resultados desta, o professor Antonio Carlos Aidar Sauaia, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FEA/USP, criou o Projeto Simulab, voltado para os alunos da graduação, pós-graduação e extensão. Através de um site, ele visa que sejam colocados em prática os conceitos aprendidos durante seu curso, através de jogos e simulações empresariais, visando uma aprendizagem vivencial, e pode assim também desenvolver seu projeto de pesquisa baseado nos resultados deste projeto.

O projeto foi formalmente viabilizado em 2002, quando foi reconhecido pela reitoria da USP, e registrado na CNPq como um grupo de pesquisa. Nasceu das observações e dos frutos colhidos pela disciplina ministrada pelo docente da FEA, obrigatória aos últimos anos dos cursos de Administração e Contabilidade.

Atualmente, o projeto ainda é fechado para alunos da FEA, mas está em fase de reestruturação para virar um ambiente de aprendizagem para experimentação por parte de outros alunos da área. Começou como um apoio à disciplina, na qual os estudantes acessavam o site para coordenar uma empresa fictícia, escrevendo artigos a partir desses resultados. Os alunos da pós-graduação passaram a ser pareceristas desses artigos, dando-lhes um retorno através de relatórios, havendo assim uma interação beneficiosa para ambos. É uma tentativa de trazer para as ciências humanas os laboratórios de aprendizagem tão utilizados nas ciências exatas, e também uma forma de os alunos gerarem dados primários para pesquisa e terem uma vivência prática das teorias aprendidas. Deste modo, o próprio professor diz que “o projeto é totalmente dependente e independente” da matéria em que foi inspirado.

A partir desse projeto, e das observações de seus resultados e experiências, o professor Sauaia foi aperfeiçoando e desenvolvendo uma pesquisa na qual a pergunta chave é se os melhores alunos em nível de conhecimento individual são também os melhores alunos em relação ao desempenho coletivo. Na última semana, o pesquisador esteve em Orlando, Flórida, para participar da 32ª conferência da ABSEL (Association for Bussiness Simulation and Experimental Learning), associação da qual faz parte há 13 anos, para divulgar e compartilhar com outros pesquisadores os resultados do Simulab e das pesquisas decorrentes.

Segundo o idealizador do projeto, “o simulador é apenas uma peça do laboratório. Deve haver uma intenção educacional bem estruturada e formulada, um cenário bem desenhado, dados bem coletados”. A união de tudo isso é o que possibilita a viabilização do Projeto Simulab, não só como aplicação de conhecimento, mas também como uma maneira de investigação, e seu desenvolvimento que só tem a melhorar e estimular a formação de profissionais da área no país. Para maiores informações, consulte o site: http://www.simulab.com.br .