ISSN 2359-5191

04/05/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 05 - Meio Ambiente - Instituto de Geociências
Projeto prevê monitoramento das águas subterrâneas do Alto Tietê

São Paulo (AUN - USP) - Água potável está cada vez mais escassa no mundo, e as poucas fontes disponíveis sofrem com a contaminação. Nesse contexto, o projeto de monitoramento das águas subterrâneas da Bacia do Alto Tietê (BAT), proposta do mestrando pelo Instituto de Geociências (IGc - USP) e engenheiro agrônomo Cláudio Luiz Dias, se mostra como saída para o bom aproveitamento desse bem indispensável.

O uso de águas subterrâneas é uma boa alternativa às águas superficiais, mais perceptivelmente escassas e contaminadas. No Estado de São Paulo, 70% do fornecimento público de água é de fontes subterrâneas; no fornecimento privado, chega a 100%. O monitoramento da qualidade dessas fontes é de vital importância para a proteção delas.

Cláudio, gerente do setor de solos e água subterrânea da Companhia de Saneamento Ambiental (CETESB), escolheu a BAT, que compreende 36 municípios na região metropolitana de São Paulo, para seu projeto por ser a região maior produtora e consumidora de água mineral, por sua grande densidade populacional e seus muitos problemas com poluição. Para a implantação, ele prevê uma iteração entre a CETESB, a Vigilância Sanitária, prefeituras, universidades, companhias de saneamento e a população, principalmente os proprietários de poços, onde são feitas as coletas.

A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) alvo do projeto, a BAT, será dividida em quadrados: próximos às bordas, 20km de lado; 10km mais para o centro e na mancha urbana da Grande São Paulo, onde a ocupação humana deixa mais marcas, 5km de lado. Cada quadrado com um ponto de extração, ainda não definido, para uma extração cíclica semestral ou anual.

Os poços comumente usados para esse tipo de trabalho são tubulares de oito polegadas, quando se trata da medição da qualidade. A idéia é utilizar os já existentes e que são usados para obtenção de água para consumo humano, para dar mais praticidade aos resultados. Isso permite identificação e acompanhamento das fontes de poluição, saber para onde os detritos das fábricas estão escorrendo. As medições de quantidade, por outro lado, exigem poços mais estreitos, de duas polegadas. Nascentes também são bons postos de coleta.

Junto aos parâmetros de monitoramento, Cláudio apresenta uma pesquisa sobre o tratamento das águas subterrâneas em outras partes do mundo. A União Européia, para compensar a diferença de monitoramento entre os países membros, criou uma rede de informações comuns, a EuroWaterNet. Além disso, estão em vias de constituir uma agência ambiental única. Os Estados Unidos trabalham com rodízio de pontos de coleta. A área coberta é maior e melhor avaliada, isso, contudo, não permite que se façam históricos das medições em cada ponto.

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