O professor Hermi Felintro de Brito do Instituto de Química da USP, em parceria com a USP-São Carlos, desenvolveu em seu laboratório um novo composto capaz de marcar documentos oficiais. O marcador pode ser aplicado a diversos tipos de documentos, desde cédulas de dinheiro até documentos pessoais como a carteira de identidade. Marcadores de cédulas de dinheiro já existem em outros locais do mundo, como na Europa, porém, a composição descoberta é completamente nova.
O novo marcador é originado de compostos conhecidos como íons terras-raras, que são uma série de elementos, conhecidos como lantanídeos. Ao todo são 17 elementos pertencentes ao mesmo grupo da tabela periódica e que apresentam propriedades químicas muito semelhantes. O termo “terras raras” deriva principalmente da dificuldade de separação de seus elementos e não de sua efetiva raridade.
Esses compostos já vêm sendo utilizados em diversas aplicações como em catalisadores automotivos e craqueamento de petróleo. Mas devido ao seu forte potencial luminescente, capaz tornar materiais comuns em luminescentes por até 24h (luminescência permanente) podem, também, ser usados em sinalizações, iluminação noturno.
Para que os elementos possam ser utilizados no processo de marcação de segurança foi produzida uma tinta especial a partir dos próprios elementos. O pigmento resultante é invisível a olho nu. A tinta especial pode então ser empregada na concepção de uma assinatura digital. Quando apontada por um leitor especial a assinatura se torna visível através de uma reação luminescente.
A pesquisa traz uma alternativa para a autenticação de documentos e, principalmente, das cédulas de dinheiro. Os novos marcadores de segurança são produzidos com tecnologia nacional e podem auxiliar na identificação de cédulas falsas ou documentos de origem não oficial.