ISSN 2359-5191

16/09/2014 - Ano: 47 - Edição Nº: 60 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Química
Pesquisadores da USP desenvolvem sensores de explosivos a partir de material de escritório
Infográfico: Arthur Aleixo

No Instituto de Química da USP, pesquisadores criar maneiras de perceber substâncias explosivas a partir de materiais comuns como o popular papel sulfite. A pesquisa é coordenada pelo professor Thiago Regis Longo Cesar da Paixão e pode baratear e agilizar muito a análise forense. Além de simplificar os materiais utilizados, também se pode fazer a análise fora do laboratório especializado. O projeto se utiliza do conceito de línguas eletrônicas que, da mesma maneira que a língua humana funciona, elas não detectam as substâncias uma a uma, mas sim como um todo. Elas organizam as informações de tal maneira que conseguem determinar o que existe na amostra sem precisar separar um por um dos seus componentes.

O laboratório onde se realiza a pesquisa desenvolveu dois métodos inovadores que facilitam as análises. O primeira utilizando um papel de filtro com uma camada de cera (aplicada por uma impressora especial) com três poços (ou reservatórios). Em cada poço é adicionado um reagente. De acordo com a substância ali inserida, o papel irá adquirir uma certa coloração. O papel é então analisado em uma câmara (um recipiente feito de plástico e que pode ser transportado facilmente) com a utilização de um celular que possua um aplicativo específico, que também foi desenvolvido pelos pesquisadores. O aplicativo então relaciona a cor apresentada no papel na presença de uma amostra suspeita com o espectro de cor que os materiais explosivos apresentam, em outras palavras, os explosivos apresentam um padrão de cores na presença dos reagentes utilizados, se elas forem detectadas, isso quer dizer que existe a presença de explosivo na amostra investigada.

A segunda técnica usa como base o papel sulfite. Nele é impresso uma camada de cera com vários poços redondos (que deixam a folha de sulfite exposta). Com a ajuda de uma folha transparente são desenhados eletrodos à base de prata na folha. Esses eletrodos então são utilizados para identificar as substâncias de acordo com a sua resposta eletroquímica. Esse método também permite detectar metais pesados e cloreto, o que pode ser utilizado também na avaliação de poluição ambiental.

Essas novas maneiras de se detectar materiais são inovadoras não só pela sua capacidade de baixar o custo dos componentes e da própria análise utilizando materiais que podem ser encontrados em qualquer escritório, como também permitem que agentes consigam distinguir a presença dessas substâncias sem a necessidade de uma especialização na área, de maneira rápida, eficiente e durante o trabalho realizado em campo, como, por exemplo, fazer uma análise rápida durante uma revista em um aeroporto.

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