ISSN 2359-5191

11/11/2005 - Ano: 38 - Edição Nº: 19 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Química
Estudo do Instituto de Química ganha recursos financeiros e tratamento multidisciplinar

São Paulo (AUN - USP) - A análise de materiais complexos, tema da pesquisa do professor Henrique E. Toma, professor no Instituto de Química da Universidade de São Paulo, foi aprovado recentemente pelo programa Institutos do Milênio. Com a aprovação, o grupo de pesquisa nacional coordenado pelo docente do IQ irá receber a quantia de R$ 2 milhões nos próximos meses e a oportunidade de intercâmbio de experiências com outros laboratórios brasileiros.

O objeto de estudo é bastante amplo e trata da aplicação de material molecular em dispositivos ou máquinas moleculares. Entre outras palavras, a pesquisa prevê a fundamentação de conceitos e o desenvolvimento de itens para otimizar a qualidade de vida das pessoas. Entram nessa lista os medicamentos inteligentes com atuação constante e regulada no organismo, sensores químicos para análise de alimentos, entre outras aplicações.

Os materiais complexos, elementos envolvidos nos trabalhos, são aquelas partículas mais desenvolvidas e com propriedades ainda pouco desvendadas. Eles pertencem à Nanotecnologia, área que estuda partículas da grandeza de um nano, o equivalente a 0,000000001 metro. As previsões desse campo apontam para uma redução drástica no tamanho de equipamentos eletrônicos e realização de sínteses artificiais.

Além de receber recursos financeiros para sustentar sua metodologia, a proposta do Institutos do Milênio leva sua pesquisa com material molecular para um nível ainda mais amplo. O programa é vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e foi criado para patrocinar pesquisas científicas estratégicas para o desenvolvimento do país. Enquanto a maioria dos grupos de pesquisa centraliza seus objetos de estudo, o programa prevê a integração de laboratórios dentro de uma rede nacional. As interações paralelas permitem uma visão multidisciplinar e garantem um resultado mais abrangente.

“É um funil de cabeça para baixo”, explica Toma. Com a realização desses estudos mais amplos, toda uma base de fundamentos será construída, propiciando estudos futuros com fins mais práticos. “O problema é que só aparece aquilo que vai para a prateleira”, critica o pesquisador, se referindo às expectativas da sociedade que não percebe a importância de trabalhos não comerciais.

Além disso, a perspectiva de trabalhar com profissionais de outras áreas potencializa a pesquisa, na visão do professor. No mesmo ambiente de trabalho, pesquisadores com a mesma formação tendem a competir, enquanto indivíduos de formações distintas trocam o conhecimento para alcançar o resultado que não podem obter sozinhos.

Leia também...
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br