ISSN 2359-5191

14/10/2015 - Ano: 48 - Edição Nº: 96 - Saúde - Pró-Reitoria de Pesquisa
LED tem eficácia comprovada nas dores da face
Pacientes com cefaleia e hipersensibilidade dentária vivem melhor com terapia de LED
Aparelho de LED. Foto: dhonella.com.br

Uma pesquisa aplicada mostrou que a terapia de LED o qual emite no espectro vermelho (630 nm) e infravermelho (880 nm) dos comprimentos de onda são seguros e efetivos nos casos de cefaleia cervicogência (um tipo de dor de cabeça) e hipersensibilidade dentária.  O projeto é feito em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos e da USP de São Carlos e Ribeirão Preto, além da associação com o Núcleo de Apoio a Pesquisa Napof (Núcleo de Apoio à Óptica e Fotônica) e resultou em uma conclusão que pode impulsionar o alívio de dores crônicas e agudas por um custo menor.

O laser (luz por emissão estimulada de elétrons) de baixa intensidade (comprimento de onda até 830 nm) tem sido usado amplamente no alívio de dores. Porém a tecnologia de LED (diodos emissores de luz) necessita de experimentos mais extensos para comprovar sua fundamentação.

A técnica mais efetiva foi o laser cirúrgico Nd:YAG, entre todos os testados, e só requer uma aplicação, mas é um equipamento caro (U$30 mil), ao redor de nove vezes mais custoso que um dispositivo fraco, por isso o custo benefício não compensaria. A segunda melhor alternativa foi a irradiação LED vermelha, com os melhores resultados em duas sessões, que mostrou redução significativa das dores em sete dias. Após uma semana, o LED infravermelho também foi utilizado e o efeito impressionou.

O LED vermelho promoveu uma drenagem das toxinas metabólicas geradas pela inflamação. Depois, combinado com o LED infravermelho, houve uma aceleração no metabolismo das células (por conta da estimulação do ácido nítrico), melhoramento do tecido afetado e mostrou prolongar o efeito, sua ação no organismo foi mudar a polaridade da membrana, induzindo mudanças bioelétricas e bioquímicas.

A lediterapia atenuou os sintomas das doenças e beneficiou a qualidade de vida dos pacientes por conta da analgesia e efeito anti-inflamatório. No entanto, a luz infravermelha pareceu ser mais eficaz nos casos de dores agudas por causar alívio imediato da dor (para a cefaleia) e a vermelha, para os casos crônicos (mais para a hipersensibilidade).

Uso de laser na USP. Foto: G1.

Benefícios do LED

O laser, que teve seu êxito comprovado diversas vezes, já é utilizado nas áreas da dermatologia, neurocirurgia, oncologia, oftalmologia, visto que permite intervenções menos traumáticas e invasivas, de período pós-operatório menor, além de ser mais barato e rápido. A vantagem do tratamento é a fácil administração, ausência de efeitos colaterais e aplicação em qualquer faixa etária, inclusive em situações de risco, como gestantes e intolerantes a medicamentos. Entretanto, podem aumentar a temperatura dos tecidos, podendo causar um dano sério por conta da desnaturação das proteínas. Esse problema não ocorre com o uso do LED, que é mais direcionado e certeiro.

As fontes de LED podem ser uma opção melhor ainda por serem mais compactas, duráveis (até 70 mil horas), eficientes e ainda mais baratas, o que possibilita um maior acesso aos tratamentos nos países em desenvolvimento. Contudo, não é eficaz em todas as situações, nas quais seja importante penetrar mais profundamente o tecido com uma emissão de luz intensa, o laser apresenta maior sucesso.

"A vantagem de se utilizar o laser ou mesmo o LED com efeito analgésico é que você vai ter apenas um efeito local. Quando o paciente faz uso de uma substância química analgésica, ele vai ter metabolização no fígado ou mesmo em outro órgão, e pode ter efeitos colaterais. Já com a aplicação do laser a gente sabe que o efeito vai ser apenas naquele local", explicou Vitor Panhoca, pesquisador Instituto de Física de São Carlos (IFSC).

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