O Núcleo de Pesquisa de Trajes de Cenas da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA - USP) nasceu há três anos de uma necessidade que se verificou de estudar e preservar, para o estudo histórico do teatro, figurinos teatrais. O Núcleo trabalha hoje em diversas frentes, como divulgação por meio de publicações, cursos de conservação de têxteis, exposições, e projetos comunitários.  

A primeira preocupação do grupo é a preservação da história do teatro brasileiro, de acordo com seu criador, o professor Fausto Viana, da ECA – USP. Além da preservação do material em si, são realizadas pesquisas históricas sobre o seu uso e sua evolução. Ao mesmo tempo, o Núcleo possui um acervo de peças históricas; com o tempo, começou a receber figurinos de interessados nessa preservação; a demanda começou a superar a capacidade do grupo, que optou por busca capacitar outros grupos.

Essa é a principal razão para a publicação de obras como “O traje de cena como documento”, do professor Fausto Viana, que não apenas traz informações sobre a pesquisa histórica baseada no figurino, mas ensina maneiras de preservá-lo dos efeitos do tempo para a posteridade. Desse modo, não apenas o Núcleo não é sobrecarregado, mas essas técnicas são divulgadas com muito maior alcance, para grupos do país todo que tenham interesse nessa divulgação. A contribuição na divulgação técnica pelo Núcleo não se dá apenas desse modo; o grupo promove um curso de corte e costura na USP Leste, voltado para a produção de figurinos, também como parte de suas atividades.

O destaque do Núcleo de Pesquisa de Trajes de Cenas não é apenas nacional; seu trabalho foi bem recebido em diversos congressos internacionais, onde o grupo pode ter contato com culturas com maior tradição em preservação de acervos, como a Inglaterra e a França, e também divulgar os resultados de suas atividades e participar de discussões e palestras. Um dos eventos internacionais de que o Núcleo participa é o Seminário Internacional de Estudos e Pesquisas em Figurino (SIEP Figurino), que ocorre anualmente desde 2012.