São Paulo (AUN - USP) - A cafeína foi retirada em 2003, da lista de substâncias proibidas pela Agencia Mundial Anti-Doping, por não se saber ao certo seus efeitos sobre a performance esportiva. O professor Julio Tirapegui, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCF), juntamente com outros professores, busca exatamente debater de que forma a cafeína atua no desempenho de atletas, bem como no processo de fadiga muscular.
Apesar da ação estimulante da cafeína em exercícios moderados e de média ou longa duração estarem comprovados, seus efeitos sobre os exercícios anaeróbicos- alta intensidade e curta duração- ainda não encontrou consenso entre os pesquisadores da área. Há muitas teorias que defendem que a substância pode ativar mecanismos metabólicos e fisiológicos a fim de melhorar o desempenho atlético.
Entre estas teorias, há a de que a cafeína teria um efeito direto sobre alguma parte do sistema nervoso central. Isto afetaria a percepção subjetiva do esforço e as sinapses entre cérebro e junção neuromuscular. Uma outra hipótese é de que a substância agiria diretamente sobre o músculo, tornando-o mais potente para a realização de exercícios anaeróbios.
Segundo o professor, a cafeína é uma substância popularmente conhecida por sua potente ação estimulante. Ela está presente em alimentos como café, guaraná, refrigerantes, chás e chocolates. Além disso, pode- se encontrar a cafeína em alguns suplementos nutricionais.