ISSN 2359-5191

27/09/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 49 - Saúde - Hospital Universitário
Estudo auxilia mães com depressão pós-parto

São Paulo (AUN - USP) - As gestantes que forem dar à luz no Hospital Universitário da USP agora são convidadas a participar de um projeto que pretende cruzar alguns dados sobre certos comportamentos e informações, como o perfil hormonal da mãe, apoio social, desenvolvimento da criança e sua interação com a mãe etc., na presença e na ausência da depressão pós-parto (DPP). Intitulado IPÊ, o estudo é longitudinal e propõe o acompanhamento de mães e bebês a partir da gestação até os 3 anos.

Segundo a psiquiatra Vera Regina Fonseca, uma das coordenadoras do projeto, "a DPP se inicia, em geral, nas primeiras semanas após o parto, podendo se estender por vários meses. Muitos fatores estão provavelmente envolvidos, desde as bruscas e intensas variações hormonais até a história individual da mãe, o tipo de ajuda com a qual ela pode contar, a relação marital e outras. De fato, o parto e o período que se segue têm enorme impacto na mãe: o bebê, que fazia parte de seu corpo, torna-se separado, autônomo, mas extremamente dependente. Cuidar de um recém-nascido exige enorme sacrifício físico e emocional, daí a grande vulnerabilidade da mulher nesse período".

O desenvolvimento do bebê também é prejudicado pela DPP, já que a mãe não expressa tanta vitalidade, perde parte da capacidade de atenção, de ser responsiva e de estimular o filho. As conseqüências podem variar com o aumento das chances de problemas emocionais, cognitivos e até somáticos.

"Os dados preliminares de nosso estudo indicam que a prevalência em nossa amostra se encontra muito mais alta do que esperávamos encontrar. A hipótese de que a interação mãe-bebê é afetada pela DPP também tende a ser confirmada. Mas há muito trabalho pela frente até chegarmos aos resultados definitivos", conclui Vera.

Para quem se interessar e quiser mais informações, o e-mail é: apknutri@yahoo.com.br e o site do IPÊ é: www.ip.usp.br/laboratorios/psicoevoluc/projetoipe/. As gestantes serão submetidas a entrevistas no fim da gravidez e depois do parto em oito momentos diferentes, estando também previstas seis filmagens da interação da mãe com a criança.

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