ISSN 2359-5191

22/10/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 64 - Sociedade - Escola de Comunicações e Artes
Bibliotecário deve ter inteligência emocional

São Paulo (AUN - USP) - O profissional deve ter uma “inteligência emocional”: “você tem que ter carinho, amor pelo seu cliente. É uma profissão para dar assistência, para atender”. Isso foi colocado pela bibliotecária Emília da Conceição Camargo, Gerente do Centro de Informações da TotalCom e integrante da mesa de debates Consultoria e Negócios em Informação: Novos Espaços para o Profissional Bibliotecário, na III Semana de Biblioteconomia, realizada recentemente na ECA. Emília também acha que o período de instabilidade pelo qual passa a profissão é comum às áreas de humanas. Para ela, o profissional pode conquistar espaço: “Nossa formação é humanista, mas tem suporte técnico”. Ela afirma, entretanto, que a formação universitária não basta.

O debate, que tinha o objetivo de discutir o futuro profissional dos formados em biblioteconomia, tocou em pontos importantes, como a empresa júnior do departamento, a valorização da profissão, o nome bibliotecário e outras áreas de atuação que não bibliotecas e universidades. Solange Santos, membro do Colegiado do programa SciELO - Scientific Electronic Library Online, que apresentou o trabalho “A Visibilidade do profissional da Informação no Mercado de Trabalho da Cidade de São Paulo” defendeu a criação da empresa júnior como forma de tornar o curso mais dinâmico. “Melhoraria a formação”, opinou. Sobre a valorização do profissional, sobre a qual falava sua pesquisa, ela afirma que parte desta depende do bibliotecário e não de fatores externos. Em seu trabalho, uma vaga fictícia foi anunciada. As características eram de um profissional de biblioteconomia, mas, dos 343 currículos recebidos, apenas dois pertenciam a indivíduos da área. “Não adianta mudar a nomenclatura e não mudar a postura do profissional”, opina a bibliotecária.

As várias possibilidades de atuação do profissional de biblioteconomia foram ilustradas pelos participantes da mesa: Emília trabalha com publicidade, Eliane Yuki Matsukawa trabalha em um banco de imagens latino-americano e Camila Rodrigues Garcia no Conteúdo Expresso, empresa especializada em licenciamento de conteúdos. Eliane contou, por exemplo, que seu cargo foi criado juntamente com a internet. Quando o banco de imagens resolveu lançar uma home page, na década de 1990, o dono percebeu que, para organizar o conteúdo, precisaria de um profissional especializado. “Quem faz isso é o bibliotecário”, explica Elaine, que continua na empresa.

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