ISSN 2359-5191

21/09/2001 - Ano: 34 - Edição Nº: 14 - Educação - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
História e futuro da perfumaria são debatidos na USP

São Paulo (AUN - USP) - A II Semana Universitária de Cosmetologia (Semco), organizada pela empresa júnior dos estudantes de Farmácia da USP (Farma Júnior), trouxe no dia 29/08 o químico Airton Pedro Rodrigues, da Belmay do Brasil, para falar sobre perfumaria com os participantes do evento. Apresentando a palestra “Os Novos Caminhos da Perfumaria no Brasil e no Mundo”, Rodrigues tratou desde o histórico da perfumaria até as tendências atuais deste ramo da cosmética.

Segundo Rodrigues, a perfumaria está presente na cultura dos homens desde o começo da história. Ele destaca que em civilizações antigas, como no Egito, era um costume dos homens mais ricos perfumar o que havia em seu redor: criados, parentes, bens pessoais e até cavalos.

A França passa a ocupar posição de destaque no mercado de perfumaria com a chegada a Paris de Catarina de Médici, em 1533, que funda na “cidade luz” a primeira casa de perfumaria. A cidade de Grassi, na França, é apontada por Airton como sendo a capital mundial da perfumaria na atualidade. Ainda assim, a produção atual de perfumaria não está mais tão concentrado na França, sendo que os demais países da Europa, os EUA e até mesmo o Brasil tem sido considerados grandes mercados mundiais. O Brasil, segundo Rodrigues, é considerado inclusive como o terceiro mercado mundial em perfumaria, perdendo somente para EUA e União Européia.

Rodrigues aponta também que não há mais espaço para a perfumaria manual. Com a grande demanda e a dificuldade de se trabalhar com matéria-prima natural, a produção de perfumes é realizada unicamente pelo meio industrial, com grandes corporações executando esse serviço.

Outro fator de destaque que Airton aponta é a relação cada vez mais estreita entre perfumaria e moda. Segundo ele, as grandes maisons, como Armani, Ralph Lauren e Coco Channel são as maiores parceiras da indústria de perfumaria, com a vinculação de perfumes com suas grifes. Essa ligação não é nova, mas tem apresentado resultados cada vez maiores, e tende a se manter nos anos seguintes. E estes perfumes “de grife” já começam a trabalhar com a nova tendência da produção de perfumaria: perfumes que desenvolvem o instinto da gula, com odores remetendo a essências semelhantes a chocolate e baunilha, por exemplo.

E a indústria de perfumaria entra no século XXI visando sempre a inovações e à descoberta de novos nichos de mercado, afirma Rodrigues. Segundo ele, a indústria de Pet Shops e os perfumes para casa, como as velas aromáticas, tem se revelado um grande mercado, cada vez mais explorado pelas corporações de perfumaria.

A Semco ainda teve palestras com José Luís de Paula Júnior, diretor da JL Design, com o tema “Embalagem – dando forma ao conceito”, e Patrícia Donizeti, que falou sobre o tema “Cosmecêutica: a nova tendência do mercado de beleza”.

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