São Paulo (AUN - USP) - A exposição Gotham City – O Mundo em uma Ilha do fotógrafo da Folha de S. Paulo e estudante de jornalismo Paulo Fehlauer da Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP) se encerra na última semana de abril. As fotos são fruto da experiência de dois anos “nada fáceis, mas muito inspiradores” de Fehlauer em terras estrangeiras.
A exposição retrata a diversidade de Nova Iorque, mas não tem a intenção de ser uma análise cultural americana. Com vontade de mostrar a todos o mundo que vê, Fehlauer aborda em seu trabalho desde figuras humanas marcantes até a vida noturna de Nova Iorque. Além disso, há fotos sobre as solenidades que lembram os ataques de 11 de setembro. Essas são especiais para Fehlauer. “Acho que é impossível traduzir em imagens a sensação de estar naquele lugar. Essas fotos têm uma história que não dá pra contar, que ultrapassa qualquer explicação, qualquer entendimento”.
Fehlauer considera o excesso de estímulos visuais o maior obstáculo na hora de fotografar Nova Iorque. “A cidade toda chama a atenção. Dá para passar dias lá fotografando sem parar, e sem se repetir. É uma cidade apaixonante, colorida e monocromática ao mesmo tempo, quente e fria. Fica difícil escolher para onde apontar a câmera. Então, acaba sendo difícil traduzi-la em imagens sem cair no clichê.”
A mudança para os Estados Unidos aconteceu em um momento de indecisão pelo qual Fehlauer passava. “Estava num momento de definição da minha carreira, tinha começado a fotografar fazia um tempo, mas não tinha certeza de que era isso o que queria. Juntei isso a um certo tédio com o cotidiano, a vida na faculdade, e alguns motivos pessoais, e fui, na loucura, sem planejamento”.
Inicialmente, as fotos de Nova Iorque serviriam apenas como portifólio para Fehlauer conseguir um emprego como fotojornalista. Porém, Atílio Avancini da ECA ao ver o material, sugeriu fazer uma exposição.
A exposição Gotham City – O Mundo em uma Ilha acontece no Espaço Antônio Carlos D’Ávila do Departamento de Jornalismo e Editoração localizado na Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, na Cidade Universitária. A entrada é gratuita.