ISSN 2359-5191

07/05/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 31 - Sociedade - Escola de Comunicações e Artes
Professor norte-americano fala da relação entre documentário, animação e imaginário

São Paulo (AUN - USP) - Para falar das relações entrelaçadas entre imaginário e cinema, Michael Renov, professor da University of Southern Califórnia e especialista em teoria do documentário, compareceu na palestra Animation: Documentary’s Imaginery Signifier (algo como Animação: A Presença do Imaginário/Simbólico no Documentário) promovida pelo curso de audiovisual da Escola de Comunicações e Artes (ECA – USP).

Renov traçou um panorama sobre documentários e animações até que esses gêneros cinematográficos distintos estabelecessem uma relação. O professor exemplificou o que expôs através dos documentários do Animated Minds (algo como Mentes Animadas), que utilizam o artifício da animação, a fim de demonstrar que histórias reais também podem fazer uso de características típicas de ficção sem perder a verossimilhança. Nos minidocumentários animados, enquanto a pessoa narrava os problemas emocionais que tinham enfrentado, desenhos representavam o que era contado. Os minidocumentários do Animated Minds chegam a ser muito mais eficientes justamente por não serem meros depoimentos. Eles estimulam a imaginação de quem vê, fazendo com que os espectadores vivam através dos efeitos visuais aquilo que a “personagem” do documentário passou.

Renov vê os documentários atuais como uma fonte de demonstrar idéias e persuadir pessoas. Os estudos do professor americano mostram que, apesar de explorado em demasia, o documentário ainda tem muito potencial expressivo. Esse potencial pode ser aumentando caso os diretores utilizem efeitos visuais e dêem mais ênfase na subjetividade e na criatividade.

Embora a relação entre documentários, animação e imaginário pareça, à primeira vista, pouco provável, Renov acredita que há um grande material disponível para legitimar o estudo dessa conexão. O que prejudica uma pesquisa maior e profunda sobre esse tema é a relação mais evidente entre o simbólico e as obras ficcionais. Em geral, os espectadores são levados a crer que o imaginário só está presente naquilo que não é real.

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