ISSN 2359-5191

29/07/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 81 - Educação - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP
Enfermagem no cinema é discutida em ciclo de debates

São Paulo (AUN - USP) - A enfermeira sedutora, a enfermeira boazinha, a enfermeira malévola: o cinema já mostrou a profissão do enfermeiro por um sem-número ângulos, os quais refletem o papel da enfermagem em diferentes tempos, regiões e culturas. Debater essas visões é o que propõe uma equipe de professores, alunos e bolsistas da Escola de Enfermagem (EEUSP) no ciclo de debates “Enfermagem no cinema”.

Para o historiador Paulo Fernando de Souza Campos, mentor do projeto, os grandes fatos da história tiveram sempre a enfermagem presente. Para ele, sua história está vinculada à história da humanidade – seja na história da igreja, da mulher ou das guerras. O ciclo tem o objetivo de mostrar “como a enfermagem é ampla e avança desde que o homem é homem”.

Além de querer levantar reflexão sobre o que faz o enfermeiro e sobre suas representações construídas no cinema, o ciclo quer promover uma “re-significação” da enfermagem e de sua trajetória histórica, ética e legal, na medida em que o imaginário sobre a profissão é repleto de mitos.

O projeto começou em maio com o filme “Fale com ela”, do espanhol Pedro Almodóvar. A idéia é realizar o ciclo mensalmente, com filmes produzidos em diferentes épocas. “Não pensamos em seguir uma linha cronológica”, disse Campos. Logo após a exibição, há um debate sobre o tema tratado pelo o filme com um professor ou pesquisador convidado.

Dificuldades
Os organizadores do ciclo tiveram dificuldades para que ele pudesse dar certo. Segundo a professora Taka Oguisso, uma de suas líderes, um dos maiores entraves para a realização do projeto foi o excesso de trabalho dos docentes da escola. Como o ciclo de debates é um trabalho de extensão universitária, portanto sem obrigatoriedade na participação de docentes, muitos deles não participam. “O que não é obrigatório torna-se um peso”, diz. Além disso, a extensão, segundo ela, é considerada uma atividade “menor” na universidade.

O professor Genival Fernandes de Freitas, que lidera o projeto com Taka, “o maior defeito que nós, enfermeiros, temos é o de estar muito voltados a nós próprios [à enfermagem], e não à cultura”, desabafa. Para ele, os profissionais da saúde geralmente ficam com “a cabeça no hospital” e tão cansados que deixam as “atividades culturais” em segundo plano. Um dos objetivos do projeto é promover essas atividades.

O ciclo pretende também confraternizar a comunidade ligada à enfermagem, tanto docentes, funcionários e estudantes da escola e de fora dela. “O projeto cultural é interessante, mas o bom também é o lazer”, afirmou Taka.

Os debates acontecem todas as últimas sextas-feiras do mês no auditório da EEUSP até novembro. As vagas são limitadas. Mais informações no telefone (11) 3061-7531.

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