ISSN 2359-5191

15/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 145 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Radares de trânsito são testados pelo IPT na USP

São Paulo (AUN - USP) - Centenas de radares estão sendo instalados na cidade de São Paulo, substituindo equipamentos antigos ou mesmo cobrindo novas áreas. O IPT auxiliou no processo de licitação dos aparelhos. No momento, os radares que estão sendo instalados são referentes apenas ao primeiro de quatro editais.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que funciona na USP, auxiliou nos editais públicos, com a escolha dos fornecedores desses equipamentos. Testes em campo (avenidas) foram realizados para evitar que a concorrência se baseasse somente no preço. Foi observado se os radares atendiam ao mínimo exigido pela CET, Companhia de Engenharia de Tráfego.

Foram quatro testes para quatro editais, e três desses foram realizados na Avenida Escola Politécnica, localizada na Cidade Universitária da USP. O outro foi realizado na Marginal Pinheiros, próximo ao prédio da CET, como informou Ely Bernardi, do IPT.

A experiência levava em consideração tanto casos específicos, como o funcionamento em caso de falta de energia, quanto situações normais, quando o equipamento acompanha o tráfego constantemente. No IPT foi montada uma central de monitoramento nos moldes da que é usada diariamente pela CET, porém com uma sala para cada uma das empresas concorrentes. Dessa forma, eram observados diversos aspectos do funcionamento dos equipamentos. Por exemplo, se o OCR, ou Optical Character Recognizer, conseguia interpretar as placas dos carros corretamente. O OCR é um software que lê as fotos tiradas pelos radares e as transforma em dados. Os testes avaliaram se eles faziam isso perfeitamente, não confundindo um “O” com um “Q”, por exemplo. Depois de 15 dias com o equipamento funcionando havia uma “auditoria estatística”, em que se observava se as multas hipotéticas haviam sido corretamente geradas ou não, se houvera algum erro. Também era verificado se os dados requeridos pela CET – número da placa, horário, velocidade, etc. - eram devidamente disponibilizados pelos aparelhos. Em alguns horários, eram medidos veículos da própria CET, que cometiam infrações de velocidade para verificar se essas eram multadas por cada um dos radares.

“As empresas gostam, pois isso dá a elas igualdade de posição na competição. Para a CET também é muito bom porque há um parecer do IPT sobre o que aconteceu, assim não fica sendo questionada pelas empresas”, comenta Ely Bernardi sobre os testes. Depois de selecionadas as empresas que cumpriram o mínimo desejado, o critério passa a ser o preço.

No Brasil, o procedimento já teve repercussão. “Depois que a CET começou a fazer isso, o DER, Departamento de Estradas e Rodagens, vai fazer uma licitação para colocar radares em estradas e vai realizar também esses procedimentos de campo. A URBS, de Curitiba, também está fazendo isso num edital”, diz Bernardi.

O trabalho conjunto do IPT e da CET foi apresentado no Congresso internacional de Sistemas de Transporte Inteligente (ITS), em Nova Iorque.

Leia também...
Nesta Edição
Destaques

Educação básica é alvo de livros organizados por pesquisadores uspianos

Pesquisa testa software que melhora habilidades fundamentais para o bom desempenho escolar

Pesquisa avalia influência de supermercados na compra de alimentos ultraprocessados

Edições Anteriores
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br