ISSN 2359-5191

17/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 147 - Educação - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
“Ensino à distância pode abrir as portas da USP”, afirma professor

São Paulo (AUN - USP) - A educação à distância pode abrir as portas da USP para levar o ensino superior a uma parcela muito maior da população. A afirmação é do professor da Faculdade de Geografia da USP, Júlio César Suzuki, para quem o atual momento é crucial para que a Universidade se adapte às transformações da sociedade.

Suzuki participou recentemente de debate “Universidade em Discussão”, sobre ensino à distância, realizado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Ele afirma que a Universidade, historicamente, foi pautada no ensino presencial. Para ele, exatamente por isso ela não conseguiu ampliar suas vagas chegando a uma universalização.

“Hoje vivemos em um momento em que o setor privado predomina no ensino superior e a educação à distância vem no sentido de abrir as portas da USP para uma parcela muito maior da população”, afirmou Suzuki. Jurandyr Santos Ross, chefe do Departamento de Geografia da FFLCH e mediador do debate, lembra que é fundamental considerar, antes de se pensar em qualquer ação nesse campo, as experiências anteriormente desenvolvidas. Dentre elas, muitas podem ser levadas em conta, como cursos pela televisão. O professor citou programas como as aulas da TV Cultura e o Telecurso da Rede Globo, além de alguns ensinos pelo rádio na década de 1970. “Já faz alguns anos que faz parte dos planos do Ministério da Educação um programa de ensino à distância para o ensino superior. Ele foi bem estruturado na década de 1990 e hoje é possível ver alguns frutos desse processo. Hoje se tem notícias de ensino à distância dadas via internet, principalmente em instituições privadas”, comenta o professor.

A professora assistente do curso de Letras da USP, Lica Hashimoto, durante o debate expôs suas experiências com educação à distância no período em que atuou como professora de Língua Japonesa na Aliança Cultural Brasil-Japão. Durante essa fase, ela e outras colegas implementaram um sistema de aulas não-presenciais.

Lica conta que o método foi implantado para atender a algumas necessidades identificadas nos alunos. Dentre elas, a principal era a falta de tempo de alguns, principalmente os executivos e profissionais, para freqüentar as aulas. Com base nessa experiência, a professora acredita que o avanço do ensino à distância na universidade deva seguir exatamente essa tendência.

Para ela, o ensino não-presencial é um “novo modo do processo de educação que, pela demanda diversificada, está sendo necessário atualmente”.

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