ISSN 2359-5191

24/04/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 13 - Educação - Faculdade de Educação
Pesquisadora estuda aprendizado de língua estrangeira no Paraná

São Paulo (AUN - USP) - Alunos não fazem uso da língua de imigração para aprendizado de língua estrangeira. Foi o que constatou até o momento, a estudante de doutorado da Faculdade de Educação da USP (FE-USP), Cibele Krause Lemke. Seus estudos, ainda em andamento, apontam que alunos de escolas em contexto bilíngue, onde é falado ucraniano e português, têm conhecimento da língua de imigração, o ucraniano, mas não a utilizam para aprender outras línguas como o espanhol, oferecido na grade curricular da escola. O ucraniano, assim, seria usado somente em contexto familiar.

Os objetivos da tese, sob orientação do professor da FE-USP, Valdir Heitor Barzotto, são dois. O primeiro é analisar as práticas linguísticas utilizadas nas aulas de língua espanhola em contexto bilíngue. O segundo é observar de que forma as publicações sobre ensino de línguas, como textos acadêmicos e documentos oficiais, consideram a realidade linguística do Brasil, se há “apagamento ou incorporação” da diversidade.

A pesquisa da estudante se desenvolve em duas etapas e em duas escolas de Prudentópolis, cidade de colonização ucraniana localizada a 200 km de Curitiba, Paraná. As práticas linguísticas desenvolvidas em aulas de língua espanhola estão sendo analisadas em uma escola da zona rural e outra do centro da cidade, cujos nomes não foram revelados “por questões éticas”.

A primeira etapa já foi concluída. Foram observadas duas turmas de ensino médio na escola do centro da cidade, uma média de 60 alunos. A segunda etapa, em desenvolvimento, visa analisar a mesma quantidade de alunos e turmas da escola rural.

A linguística que estuda o ensino de línguas em contexto bilíngue afirma que as línguas não se organizam de forma compartimentada havendo “articulação de conhecimentos e identidades das línguas previamente aprendidas”. Já a pesquisa desenvolvida por Cibele indica haver formas de seleção, uma vez que “o falante tem o poder de gerenciar como e quando usar as línguas que ele domina”, afirma. Assim, os alunos estariam optando por não fazer uso do ucraniano para aprender espanhol. E os motivos que explicam esse fato também estão sendo objeto de estudo da doutoranda.

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