ISSN 2359-5191

05/05/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 18 - Sociedade - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
Evento debate intolerância e direitos humanos

São Paulo (AUN - USP) - Como parte da abertura das comemorações do ano da França no Brasil, o SESC-SP abrigou o Colóquio Internacional Tolerância e Direitos Humanos: Diversidade e Paz. Promovido por parceria com o Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da Universidade de São Paulo (LEI-USP), o colóquio teve como objetivo debater problemas e dilemas da sociedade atual. Desigualdades sociais, intolerâncias político-religiosas, guerras e todas as formas de intolerância contra culturas e pessoas compuseram os temas de debate do colóquio.

Na abertura, o diretor do SESC, Danilo Santos de Miranda, disse que a intolerância é “um dos dramas cruciais da sociedade moderna e não pode deixar de ser discutido”. Miranda também falou da relação com o ano da França. “Podemos aproveitar para trazer os princípios básicos da Revolução Francesa, do Iluminismo, para debater, discutir e trocar idéias sobre direitos humanos e liberdade.”

Também discursaram Celso Lafer, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP (Fapesp), e a reitora da Universidade de São Paulo, Suely Vilela. Lafer ressaltou a prevalência dos direitos humanos e também citou noções da Revolução Francesa, dizendo que a discussão, no colóquio, “remete à mudança de dever do súdito para direito do cidadão nas relações da sociedade.” Suely discursou sobre a importância do debate e que a elaboração, durante o colóquio, de uma declaração de princípios, “torna o evento muito mais significativo.

Como atividade cultural de abertura, a Orquestra do Amanhã, composta por jovens de baixa renda do bairro de Heliópolis, fez uma apresentação que misturou música erudita com ritmos tipicamente brasileiros. A cada música terminada, eram aplaudidos de pé pelos intelectuais e demais presentes. Na última música, tocaram um pout-pourri com os hinos dos quatro clubes de São Paulo; a platéia acompanhou cantando. O Maestro da orquestra, Edilson Ventureli, falou sobre a diversidade cultural presente no grupo. “Essa garotada curte rap, samba, black, mas toca música erudita também”, disse Ventureli.

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