ISSN 2359-5191

08/06/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 29 - Educação - Faculdade de Educação
Pesquisadora compara aula teórica com experimental

São Paulo (AUN - USP) - Em uma sala de aula da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação, a professora do 4º ano do Ensino Fundamental dá sua aula de experimentos físicos. Os alunos debatem e a professora explica como, por exemplo, é possível mergulhar um recipiente com uma bola de papel em um balde de água sem que o papel molhe. Depois, a sala recebe os textos explicativos da experiência e as crianças grifam o que consideram o mais relevante de seu conteúdo. O que será destacado pelos alunos e o porquê da seleção de certos trechos é o que estuda a doutoranda e orientadora pedagogia educacional, Luciana Sedano de Souza.

A hipótese de sua tese é a de que os alunos que vivenciaram o conteúdo de textos didáticos das aulas de física estão melhor capacitados para selecionar as suas informações mais relevantes. Segundo ela, esses textos se inserem em um conjunto de aulas que propõe muita análise informativa e problematização. Assim, é provável que destaquem os trechos que realmente convêm. “Pode parecer algo banal, mas selecionar partes importantes do texto é uma estratégia de leitura requintada para crianças nessa faixa de idade [9 anos]”, afirmou Luciana.

Seu material de pesquisa são textos grifados durante aulas de física, entrevistas de alunos com desempenho diferenciado e a gravação de uma sequência didática (conjunto de aulas programadas com começo, meio e fim) de dez aulas de cerca de uma hora e meia cada.

Os vídeos tiveram a colaboração de pesquisadores do Laboratório de Pesquisa e Ensino de Física da Faculdade de Educação (LaPEF). As aulas foram ministradas por uma professora do primeiro ciclo do Ensino Fundamental da própria Escola de Aplicação, apesar de Luciana já ter lecionado para o primeiro ciclo do Fundamental. “É interessante esse distanciamento do pesquisador em relação ao professor que está em sala de aula”, explicou. Assim, as crianças têm mais liberdade para agir de forma habitual.

Orientanda da professora Anna Maria Pessoa de Carvalho, Luciana iniciou seu doutorado em 2006. A atual fase da sua tese é comparar alguns textos grifados durante aulas experimentais com textos de aulas simplesmente teóricas. Até fevereiro de 2010, ela concluirá se há realmente maior facilidade de seleção de informações relevantes quando as crianças presenciam os experimentos.

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