São Paulo (AUN - USP) - Para o profissional da enfermagem é essencial manter a autoestima alta e ter motivação, segundo a psicóloga Elisabeth Martins Santos. Para ela, a recuperação de pacientes internados reflete o estado de espírito de quem cuida deles. Estudos comprovam sua opinião. A palestra “Autoestima e Motivação”, apresentada no dia 20, fez parte da Semana de Enfermagem.
Seguindo a Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn), o Hospital Universitário realizou uma série de mini-cursos, oficinas e ofereceu serviços gratuitamente para seus enfermeiros e funcionários em geral. O hospital possui cerca de 700 profissionais na área de enfermagem. Segundo Lígia Fumiko Minami, 40% deles participam de ao menos uma atividade.
No último dia 20, em palestra no Hospital Universitário (HU) da USP, Elisabeth apresentou a um grupo de funcionários, entre eles enfermeiros, modos de elevar a autoestima. Entre os principais fatores apresentados para a motivação profissional, o estabelecimento de metas e disciplina para realizá-las. Foi apresentado aos profissionais de enfermagem que a “visão de futuro” é a melhor maneira de acreditar em sua própria capacidade.
Beth Martins, como prefere ser chamada, diz que, para o paciente estar bem consigo, é necessário que o enfermeiro que cuida dele também esteja. “Como é que uma pessoa que não está bem vai tratar bem o outro?” indaga. A especialista, também consultora de recursos humanos, acredita que um profissional deva sentir prazer ao trabalhar e, com os enfermeiros, não é diferente.
Segundo ela, a existência de um grande sonho é chave para a realização pessoal. “Não importa se é ter um namorado, viajar ou comprar uma casa, o que vale é a transformação do sonho em realidade”, reflete. Além disso, acreditar na possibilidade desse sonho é essencial. “O que mais atrapalha na motivação profissional é o sentimento de impotência de interferir na própria vida”, conclui. Beth diz que estudos comprovam sua opinião.
Em estudo, Martha Traverso-Yépez, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alega que é claro o papel dos aspectos psicológico e social no processo de adoecer, e no seu tratamento. Em artigo, Cesar Schadeck, auxiliar de enfermagem e acadêmico da Uniandrade, afirma que o cuidado paliativo pode ajudar no processo de cura de doenças crônicas e que “o papel do enfermeiro é de extrema importância, pois são esses profissionais que passam a maior parte do tempo com o doente”.