São Paulo (AUN - USP) - Neste ano, o vestibulando interessado em Química que prestar Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) terá duas opções de carreira para estudar em período noturno, no Instituto de Química (IQ) do Campus da Capital da USP. Trata-se dos cursos de licenciatura em Química, que já era oferecido na unidade em período integral, e de Química Ambiental, nova habilitação em graduação, oferecida somente pela USP no Brasil.

A proposta da criação do curso de Química Ambiental foi feita pela Comissão de Graduação, presidida pela professora Adelaide Faljone-Alario, e foi aprovada em agosto pelo Conselho Universitário da USP, juntamente com o curso de licenciatura noturno. Adelaide diz que a idéia surgiu há dois anos, mas os trabalhos efetivos para a formulação da grade curricular da nova graduação começaram no ano passado, e contou com o envolvimento de todo corpo docente do IQ.

A unidade já tem competência em pesquisa na área, graças a trabalhos desenvolvidos na pós-graduação e, segundo Adelaide, identificou a necessidade e a importância de profissionais especializados em problemas ambientais, tanto nos mercados nacionais e internacionais, quanto no universo acadêmico de pesquisa. A professora afirma que os graduados em Química Ambiental terão grande competência de análise e regulação dos impactos causados no ambiente pela atividade humana nos mais diversos setores. "Receberão em seu curso, além de uma sólida formação básica em química, grande ênfase nos estudos do ar, água e solos, podendo atuar inclusive na formulação de políticas públicas de preservação, controle e prevenção da poluição do meio ambiente, juntamente com outros profissionais", ressalta a professora. Lembra ainda a importância da presença de químicos em órgãos públicos de preservação e melhoria do meio ambiente, como a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), por exemplo.

Os formandos em Química Ambiental terão a possibilidade de atuar junto às indústrias, no desenvolvimento de reações que poluam menos, no estudo de combustíveis alternativos, processos de produção que agridam o mínimo possível à natureza. A educação dos cidadãos para preservar do ambiente é também uma tarefa fundamental do químico ambiental. Para Faljone, o químico precisa agir como um formador de opinião na sociedade, mostrando que a química não é só danosa para a natureza, como a maior parte da população pensa. “Ele é o profissional competente para intervir no meio ambiente e, conseqüentemente, na qualidade de vida das pessoas”.

Os cursos de licenciatura em Química e bacharelado em Química Ambiental, ministrados em período noturno a partir do ano letivo de 2003, oferecerão 30 vagas cada e terão duração de 9 semestres.