São Paulo (AUN - USP) - A agregação tecnológica reduz gastos, tempo de produção e pode representar preservação ambiental. É o que conta o geólogo Cid Chiodi Filho em palestra no Instituto de Geociências (IGc-USP) ao falar sobre novos equipamentos e técnicas de lavra, beneficiamento e acabamento de rochas ornamentais.

A tendência da lavra subterrânea, por exemplo, é uma solução para regiões de extração próximas a áreas habitadas, por minimizar ruídos e não projetar poeiras e pedras nas áreas vizinhas. Esse tipo de lavra, no entanto, exige um maior investimento inicial em máquinas e equipamentos, além de levantamentos geológicos prévios ao layout da mina – motivo que causa hesitação em seu uso.

Mais que prevenção de incômodos em áreas habitadas, a modernização das lavras permite também a utilização de rejeitos, também aproveitados com novas técnicas de beneficiamento como a prensa para lajotas que os agrega à produção. Dessa maneira, as inovações tecnológicas não representam apenas maquinaria nova que conserva mais energia, mas também otimização da matéria-prima e redução de desperdício.

As terras brasileiras distinguem-se no setor de rochas ornamentais. Segundo Cid, isso foi propiciado pela diversidade de ambientes geológicos pré-cambrianos e pela intensidade do magmatismo no território em tempos antigos, entre outros fatores. A maior produção desse segmento, no Brasil, é no Espírito Santo. As rochas exóticas (de maior valor agregado), no entanto, provêm de Minas Gerais – o estado com maior diversidade de materiais.