São Paulo (AUN - USP) - Nos dias 23 e 25 de outubro os vencedores do “I Concurso de Jovens Solistas”, organizado pelo Departamento de Música (CMU) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, irão apresentar-se com a Orquestra de Câmara (Ocam) da faculdade. A primeira apresentação será no auditório Olivier Toni, no próprio CMU, e a segunda no auditório do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
A final do concurso ocorreu nos dias 24 e 25 de setembro, quando os 12 concorrentes restantes – só alunos da USP podiam participar –, com pianistas por eles levados, executaram as peças que escolheram no início do processo. Os três vencedores foram Carlos dos Santos, tocando vibrafone, Daniel Inamorato, piano, e Joyce de Souza, canto. “Originalmente, no edital, haveria apenas um vencedor. Mas, devido ao alto nível apresentado, conversamos com o maestro da Ocam e diretor artístico do evento, Gil Jardim, e ele mudou o programa para contemplar os três ganhadores numa mesma apresentação”, explica Luciana Sayure, professora de piano e principal organizadora do concurso.
Luciana explica que esse tipo de concurso, mais do que a disputa em si, ajuda na formação dos alunos. “Para a nossa surpresa, a maior parte dos candidatos jamais tocou com uma orquestra e isso é extremamente importante. A experiência dos ensaios, de como se comportar frente a uma orquestra e ouvi-la, do diálogo com o regente, de como projetar seu instrumento é completamente diferente de estudar dentro da sala de aula. Às vezes, o aluno passa o curso inteiro e não tem essa possibilidade”. Ela reitera que não há, por isso, muito estímulo para o estudo de obras concertantes, “importante literatura”, explica, “para a formação do aluno”.
Sayure reforça ainda que o concurso gerou mais envolvimento por parte dos alunos. “Eles investiram muito, estudaram muito. Quando se tem um objetivo, acaba rendendo mais. E houve também grande envolvimento por parte da comunidade do CMU. O auditório nas provas estava sempre cheio”. O concurso foi patrocinado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (PRCEU) e pelo Laboratório de Acústica Musical e Informática (Lami) do CMU, que gravou as apresentações dos alunos nas finais. “Isso foi importante. Quando um aluno pode ter em mãos uma gravação profissional do que ele tocou?”, enfatizou a professora.
Por fim, Sayure explica que esse tipo de prova é uma excelente ocasião para o aluno se aperfeiçoar, podendo conversar com os membros da banca avaliadora sobre sua apresentação. No caso, os “juízes” eram Ailton Escobar, Mônica Lucas e Gilberto Tinete, da USP, Fernando Hashimoto da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Luíza Mato, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Apresentações:
Dia 23 – Auditório Olivier Toni – CMU – Entrada Franca – 20:30 – 160 lugares.
Dia 25 – Auditório do Masp– Avenida Paulista, 1578 – R$10,00 (inteira) – 16:00 – 374 lugares.
Programa:
W.A.Mozart – “Non so più cosa son, cosa faccio” (Le Nozze di Figaro)/ “Parto, Parto” (La Clemenza di Tito)/ Concerto para piano em ré menor, KV 466
Edmundo Villani Cortês – Concerto para Vibrafone e Orquestra