ISSN 2359-5191

22/11/2002 - Ano: 35 - Edição Nº: 24 - Educação - Faculdade de Educação
Pesquisa melhora formação de professores de línguas

São Paulo (AUN - USP) - O professor de língua estrangeira deve ser também pesquisador. E não somente no espaço acadêmico, através de mestrados e doutorados, mas também na sala de aula. Através da pesquisa, a qualidade da formação docente e, conseqüentemente, do ensino é melhorada.

Este foi o principal tema abordado no I Encontro “A Formação de Professores de Línguas Estrangeiras – Ensino, Aprendizagem e Pesquisa”, realizado recentemente na Faculdade de Educação da USP.

O encontro também ressaltou a importância dos estudantes de graduação fazerem pesquisas. Nos intervalos entre as mesas-redondas, os alunos de licenciatura em língua estrangeira da USP apresentaram mais de 70 pesquisas, em forma de comunicações, que foram elogiadas pelos participantes.

Segundo Gretel Eres Fernández, uma das coordenadoras do encontro, o objetivo foi “discutir a formação de professores de língua estrangeira e a importância da pesquisa como um dos caminhos para se melhorar a qualidade da formação docente”. Este foi o primeiro evento do gênero desde que a licenciatura em língua estrangeira foi criada na instituição, há 32 anos.

A primeira mesa-redonda, formada por professores da própria USP, traçou um panorama da metodologia de ensino de língua estrangeira na Faculdade de Educação e a importância da pesquisa, tanto para a graduação quanto para os formados. “Não estamos preocupados só com a formação pedagógica do professor”, afirma Gretel, que participou da mesa.

Representantes dos consulados do Japão e da Suíça, e um professor do Instituto Cervantes, da Espanha, estiveram presentes na segunda mesa-redonda, para discutir as políticas de difusão lingüísticas e as possíveis formas de cooperação entre os países na formação dos professores.

“O objetivo dessa mesa-redonda foi perceber até que ponto os países estão comprometidos em auxiliar e reconhecer o trabalho que o Brasil faz [na difusão da língua e cultura estrangeira] e fornecer subsídios”, afirma Gretel. Para a coordenadora, esta discussão foi válida, pois “se deu a conhecer muitas coisas que os participantes do evento não conheciam”, como sites com acesso gratuito a materiais didáticos, cursos de aperfeiçoamentos e até bolsas de estudos.

A terceira mesa, que ressaltou a importância de iniciar a pesquisa antes do término da licenciatura, contou com a presença de professores da instituição, professores que já concluíram suas pesquisas e alunos que estão nesse processo.

Para finalizar o evento, após essa série de discussões teóricas, foram realizadas oficinas, para mostrar o lado mais prático do processo de ensino e fornecer idéias para o trabalho em sala de aula. Ministradas por ex-alunos da USP, as oficinas abordaram temas como a importância dos jogos (atividades lúdicas), o uso de vídeos no ensino de línguas e até como o professor pode produzir seu próprio material para aulas de conversação.

“Já detectei alguns problemas, coisas que precisam ser melhoradas mas, de maneira geral, o encontro foi bastante positivo”, afirma Gretel, fazendo um balanço do evento. Se tudo correr bem, “o segundo será realizado dentro de um ano”, conclui.

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