São Paulo (AUN - USP) - Projeto Cadeira de Rosas é trabalhado pelo Laboratório de Dramaturgia do Corpo (LADCOR) do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP). O projeto foi vencedor do Programa Municipal de Fomento à Dança, pertencente à Secretaria Municipal de Cultura que seleciona projetos de dança contemporânea em cada edição.
Em 2009, foi realizado o VI Fomento, com duração de um ano (2º semestre de 2009 ao 1º semestre de 2010). Cadeira de Rosas foi contemplado na categoria “criação”. O programa de estímulo à cultura tenta promover e intensificar o panorama da dança contemporânea paulistana e estimular o trabalho contínuo de grupos da área.
Cinco alunos pesquisam seus corpos, a partir de suas histórias e experiências. A professora Helena Bastos, coordenadora do LADCOR, diz que a pesquisa é feita de modo individual, mas tudo é compartilhado. Cada um descobre seu corpo e partir disso ajudam aos outros também descobrirem o que seus corpos querem dizer.
Voltada para uma personalidade cênica, os experimentos ajudam os atores a se colocarem de outra forma no palco. “Esse corpo de ator traz uma complexidade diferente”, diz Helena. Os encontros acontecem nas sextas-feiras no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP.
O vencedor do VI Fomento é feito em parceria com o grupo Musicanoar, que foi idealizado pela professora Helena, também coreógrafa, em 1992. O grupo vem tentando ampliar o entendimento sobre composição e coreografia no ambiente contemporâneo.
Aplicado ao projeto Cadeira de Rosas, o LADCOR trabalha com a Teoria Corpomídia que trata do corpo enquanto mídia de si mesmo. Seguindo essa linha, o corpo não para de trocar informações com o mundo, desenvolvendo uma dependência mútua com esse ambiente. Ele se faz nessa troca e o ambiente também se modifica. São atuações simultâneas - corpo é ambiente e ambiente é corpo. A Teoria Corpomídia foi desenvolvida pelas professoras da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Christine Greiner e Helena Katz.
De acordo com Helena Katz na palestra – Corpo e Cidade no II Encontro de História e Comunicação, “o corpo é corpomídia da coleção de informações o tempo inteiro. É revelador de si mesmo, resultado dos fluxos de trocas dos ambientes que transita”.