ISSN 2359-5191

25/05/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 19 - Sociedade - Escola de Comunicações e Artes
Elle brasileira supera as demais em originalidade

São Paulo (AUN - USP) - “Das quarenta e duas versões da revista Elle que existem no mundo, a brasileira é uma das que mais publica material genuíno.” Foi o que apontou Eliana Sanches, redatora-chefe da edição brasileira da revista Elle, em uma palestra realizada na Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). Ela explicou que, na Europa, as revistas estão expostas às mesmas marcas e aos mesmos estilistas. Por isso, as matérias publicadas possuem temas e abordagens similares. No Brasil, as influências estrangeiras são bem menores, o que obriga a revista a publicar muito mais conteúdo nacional.

“Escrever sobre moda não é só ir a um desfile e descrever uma roupa. É como fazer jornalismo político ou econômico”, defendeu a redatora. Para fazer uma boa reportagem sobre o desfile, o jornalista deverá pesquisar muito sobre a trajetória pessoal e profissional do estilista para saber interpretar corretamente suas criações, descobrir o que inspirou as peças que compõem a coleção exibida.

Não são apenas os desfiles que alimentam as páginas de revistas como a Elle. O jornalismo de moda é também uma mistura de cultura com serviços. Ao mesmo tempo que aborda a história da moda, seus grandes ícones e profissionais mais influentes, ele também se preocupa em explicar para as suas leitoras como ele pode adaptar o que é mostrado nos desfiles ao seu dia-a-dia.

As leitoras, aliás, são uma grande fonte de pautas para a publicação. Através de um estreito relacionamento entre elas e a redação, os jornalistas descobrem do que elas gostam, o que já sabem de moda e, mais importante ainda, o que querem saber. “Deve-se estar sempre um pouco à frente da leitora, para que ela queira comprar a revista”, explica Eliana.

Apelo visual
Além de serem desejáveis, as edições de Elle devem tornar os produtos sobre os quais se pauta em sonhos de consumo das leitoras. Para isso, a revista se utiliza muito de recursos visuais. “No jornalismo de moda, é preciso desenvolver o olhar jornalístico calcado na imagem”, explicou Sanches.

Elle se utiliza de superproduções, alternando ensaios fotográficos realizados dentro e fora dos estúdios. São contratados os melhores profissionais, entre fotógrafos, modelos, cabeleireiros, maquiadores - tudo para criar uma atmosfera de sonho, que incite o consumo dos produtos mostrados ao longo das páginas da revista.

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