ISSN 2359-5191

22/06/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 36 - Sociedade - Escola de Comunicações e Artes
Playboy é sucesso histórico entre revistas masculinas

São Paulo (AUN - USP) - Edson Aran, diretor de redação da Playboy define a proposta da revista como uma celebração da vida e dos seus prazeres, que traz mensalmente ensaios fotográficos com as mulheres mais lindas, além de um jornalismo premiado, marcado pela inteligência, sofisticação e bom humor. Para cumpri-la é preciso criar, a cada edição, conteúdos inteligentes, úteis e desejáveis, em plataformas distintas (impresso, internet, telefonia móvel etc.).

A Playboy americana foi criada por Hugh Hefner em 1953. A primeira edição trazia fotos de Marilyn Monroe que Hefner comprou por apenas 500 dólares, as quais foram originalmente tiradas para compor um calendário. O sucesso desse primeiro número foi estrondoso. As revistas, vendidas por menos de um dólar, esgotaram-se em poucas semanas. A partir de então, Hefner, que não chegou nem a enumerar a edição de Monroe, começou a construir todo o império da marca Playboy.

Além do baixo preço, a popularidade da revista se deveu também ao tipo de mulher que figurava nas capas. Aran explica que as demais revistas masculinas da época traziam mulheres vulgares, enquanto a Playboy publicava o estereótipo girl next door, a menina doce, companheira, com quem um homem gostaria de passar o resto de sua vida. Em posições sensuais, claro.

Concorrência
A primeira geração de revistas masculinas teve como expoentes as revistas Esquire e Playboy. A Esquire, principal concorrente da Playboy em seus primórdios, foi uma das primeiras publicações projetadas exclusivamente para homens. Surgida em 1933, ela integrava a geração das grandes revistas norte-americanas, como The New Yorker e Vanity Fair. Predominava em seus textos o new journalism, técnica que mistura o estilo jornalístico ao literário, e suas imagens traziam modelos pin-ups, ou seja, cujas imagens sensuais – e não de nudez - exerciam um forte poder de atração sobre os leitores.

Dentre os grandes títulos da segunda geração, destaca-se a revista Penthouse que surgiu em 1965, com Bob Guccione. Suas fotografias eram mais agressivas, com mais nudez. Segundo Aran, os textos e cartoons da Penthouse não eram tão bons quanto os da Playboy. Ele compara a primeira revista citada a um Fusca, enquanto a outra é um Aston Martin.

Nove anos mais tarde, foi criada a Hustler, pelo polêmico Larry Flint. Aran classifica as fotografias da revista como grotescas e diz que ela não tem preocupação alguma com a qualidade editorial. Já em 1994, a Loaded fez o inverso. A publicação apresentava textos mais agressivos, enquanto as imagens eram mais comportadas, sem nudez. Criou-se, assim, o segmento das lad mags, caracterizadas justamente pela ausência de mulheres nuas e por textos de conteúdo mais explícito.

Além das revistas citadas anteriormente, tem-se também a Maxim, que se inspiram na fórmula editorial das primeiras edições da Playboy, aliando a ela um humor bobo, ingênuo, e utilizando fotos de semi-nudez. Em seu lançamento, a Maxim roubou uma parcela considerável dos consumidores da Playboy, mas a concorrência deste título não é mais tão expressiva. Aliás, encerra Aran, nenhuma das revistas do segmento masculino conseguiu superar a popularidade da criação de Hefner.

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