São Paulo (AUN - USP) - A importância do diálogo entre os campos da comunicação e da grande produção midiática foi o ponto central da palestra “Comunicação, ciência e mídia”, no I Seminário de Pesquisa da Escola de Comunicações e Artes da USP, realizado recentemente. Com coordenação da professora Maria Cristina Castilho Costa, dois grupos apresentaram os seus estudos e projetos na área.
O CECOM (Centro de Estudos do Campo da Comunicação) foi o primeiro a se apresentar. Segundo Richard Romancini, que representou o núcleo, seus objetivos estão relacionados à feitura e divulgação de análises acerca do campo da comunicação. Para isso, desenvolvem quatro linhas de pesquisa: sobre a formação em comunicação e o campo da comunicação em si, o mercado de trabalho da área de comunicação e artes, além da pesquisa de avaliação de alunos egressos.
De acordo com Richard, o Centro já realizou diversas pesquisas relevantes. Dentre elas, se destacam “Metodologia de pesquisa na rede: ética na pesquisa na internet” e “Revistas científicas em comunicação: aspectos da avaliação e bibliometria: pesquisa de avaliação do campo, sob o prisma das revistas”.
O segundo trabalho exposto foi o Centro de Estudos de Telenovela (CTVN), apresentado pela professora Maria Immacolata Vassalo de Lopes. Para ela, foi importante “reter o termo telenovela como patrimônio”, porque faz parte da cultura do nosso país. Mas, disse também, que o Centro não se limita apenas ao estudo desse gênero televisivo, abrangendo, ainda, séries, minisséries, entre outros.
A proposta do CTVN, segundo Immacolata, ultrapassa os limites da análise do material audiovisual. Ela disse que uma das metas é manter, sempre, um contato com o centro produtor desses programas. Além disso, contou que o grupo possui “um acervo que é importante”, pois é específico e está disponível para todos os pesquisadores.
A professora explicou, também, que o principal projeto de pesquisa do Centro é o OBITEL (Observatório Ibero-Americano de Ficção Televisiva), que se desdobra em duas frentes complementares: o OBITEL Internacional, que pratica o monitoramento permanente da programação de ficção dos canais nacionais de televisão dos países integrantes (Argentina, Brasil, Chile, Espanha, Venezuela, México, Estados Unidos, Uruguai, entre outros); e o OBITEL Nacional, que tem uma rede de pesquisadores distribuídos por todo o país, o que traz ganho na pesquisa e na representatividade. E que realiza uma pesquisa envolvendo a ficção televisiva em múltiplas plataformas.
Os grupos GPJIP (Grupo de Pesquisa Jornalismo e Interesse Público) e NPC (Centro de Pesquisa de Produção Científica), esperados para a palestra, não foram apresentados, pois seus representantes, o professor José Coelho Sobrinho e a professora Daisy Pires Noronha, respectivamente, não compareceram ao evento.