São Paulo (AUN - USP) - Última peça escrita por Plínio Marcos, morto em 1999, o "Assassinato do anão de caralho grande" fica em cartaz até o dia 18 de junho no teatro laboratório da Escola de Comunicações e Artes. O texto de 95 aborda a intolerância em relação ao circo, ao diferente. Segundo Camilo Schaden, que atua no espetáculo, o artista é uma representação do diferente, que é repudiado pela sociedade.
O circo é um universo muito presente na obra de Plínio Marcos, autor que já foi palhaço antes de escrever textos teatrais. A obra é tida como uma comédia de fundo falso, pois faz certas denúncias que tornam a risada tensa. Para Victor Placca, também ator no "Assassinato", o texto pareceu ruim no início, com personagens superficiais. Após estudar mais profundamente ele percebeu que não era uma peça somente para assistir e rir, mas que como ator ele tinha um compromisso ali, com o público. Citando seu diretor, Silnei Siqueira, "esta peça pode ser um soco no estômago". Para Camilo, "ao mesmo tempo que é atraente porque traz o riso, pode ser bem chocante".
O espetáculo será encenado pelos alunos do terceiro ano da Escola de Artes Dramáticas (EAD). Silnei Siqueira, diretor da famosa montagem de Morte e Vida Severina de 1966, trabalha pela 12ª vez com a EAD na montagem do "Assassinato". A peça fica em cartaz até o dia 18/07.
O Assassinato do anão de caralho grande
Até 18 de julho de 2010, quarta a sábado às 21h, domingo às 20h.
Local: Teatro Laboratório ECA/USP - Sala Alfredo Mesquita - R. da Reitoria, 215 (Travessa da Av. Prof. Luciano Gualberto) -Cidade Universitária - São Paulo/SP
Maiores Informações: (11) 3091-4376
Capacidade: 125 lugares.
Recomendação: maiores de 12 anos.
Duração: 90 minutos.
Entrada Franca - a bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.
Sinopse: O Grande Circo Atlas chega a uma pequena cidade do interior. A presença dos artistas ciganos incomoda Dona Ciloca, a mulher do prefeito, que decide fazer uma inspeção no terreno, acompanhada pelo delegado, por sua diretoria e pelas pessoas mais ilustres da cidade. A trupe é acusada de alimentar Platão, o leão, com gatos e cachorros. Nessa confusão, um possível crime começa a ser investigado: o assassinato do anão Janjão, a maior atração do circo.