ISSN 2359-5191

12/08/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 72 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
IPT deve retomar aplicação do projeto “Levantamento do perfil do consumo de água”

São Paulo (AUN - USP) - O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), na USP, deve retomar até o início de 2011 a primeira etapa de aplicação do projeto “Levantamento do Perfil do Consumo de Água”, que consiste em descobrir quanto aparelhos como bacia sanitária, torneira, máquina de lavar ou chuveiro consomem de água e em quais horários funcionam.

O projeto se insere no Programa de Uso Racional da Água na Cidade de São Paulo, que em 1994, a partir de uma parceria entre IPT, Sabesp e Poli, estabeleceu diretrizes a serem cumpridas a curto, médio e longo prazo. Uma das diretrizes previa a identificação do perfil do consumo de água nas residências paulistanas.

Para realizar os primeiros levantamentos foi selecionada uma amostra estatística de 101 moradias na zona oeste – regiões de Osasco e Carapicuíba – que consumiam de 11 a 20m³ por mês. A aplicação do projeto e a decorrente avaliação do consumo de água já aconteceram em 30 residências. Segundo Douglas Barreto, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais, a continuidade da aplicação até ser atingido o número total selecionado deve acontecer no fim desse ano ou início de 2011.

Ainda assim, os resultados encontrados com as primeiras aplicações foram satisfatórios. O período estudado foi das 2 às 6 horas da manhã: “É o horário da madrugada onde as pessoas estariam dormindo. Os usuários, porém, usam água sim e essa descoberta é importante, pois pensam nessa água esta sendo perdida e ela está sendo usada. Não é vazamento: é uso”, afirma Barreto. Além disso, foi possível perceber que as residências avaliadas apresentam hábitos em função dos dias da semana.

A importância do levantamento do perfil é poder fornecer subsídios à Sabesp, para que ela possa identificar quem gasta mais e de qual forma. A partir disso, ela pode criar campanhas de conscientização e mudança de hábitos em regiões que apresentarem consumo de água excessivo em função de costumes que tendem ao desperdício. Em regiões onde for verificado que os aparelhos – torneiras ou chuveiros, por exemplo – não são econômicos, a Sabesp poderá atuar com campanhas de troca dessas peças.

O método de trabalho do projeto consiste, primeiro, em explicá-lo aos moradores: “A abordagem é importante, porque é uma medição intrusiva, na qual a gente tem que entrar dentro da casa, colocar aparelhos e depois retirar tudo”, explica Barreto. Depois, os aparelhos de medição são instalados junto a cada ponto de uso de água a ser medido e ficam nas casas por uma semana. Por fim, os resultados são estudados e avaliados e o perfil da amostra é traçado.

Metas
A principal meta do projeto é ampliar o número de amostras estudadas até traçar um perfil para cada região de São Paulo – norte, sul, leste, oeste e centro. Com os levantamentos feitos, cada bairro ou parcela da cidade poderá ser tratado pela Sabesp. O pesquisador, porém, atenta para o fato de o perfil ser dinâmico e se alterar com o tempo, com a tecnologia e conforme as campanhas de conscientização forem sendo implantadas: “Temos que monitorar sempre. Ciclicamente deve-se analisar de novo o perfil e compará-lo com o passado”.

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