ISSN 2359-5191

17/11/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 101 - Saúde - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Deficiência de selênio pode ser causa do Mal de Alzheimer

São Paulo (AUN - USP) - Estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP avalia deficiência de selênio em idosos como um dos principais fatores relacionados à formação do mal de Alzheimer. A pesquisa foi desenvolvida pela aluna de Mestrado Bárbara Rita Cardoso e coordenada pela professora Silvia Maria Franciscato Cozzolini.

O selênio apresenta um papel importante na diminuição do risco para o mal de Alzheimer, neutralizando radicais livres e diminuindo a morte de neurônios, principal característica da doença. A substância atua como um poderoso antioxidante, fazendo parte de enzimas que neutralizam os radicais. Estes, por sua vez, quando não neutralizados, reagem com membranas celulares e com o DNA, alterando sua função e provocando aumento da morte celular.

O trabalho de pesquisa foi feito com um grupo de idosos portadores da doença e outro com pessoas saudáveis (grupo controle). Foram coletadas amostras de sangue e unhas dos pés e das mãos de pacientes do Ambulatório de Geriatria Cognitiva (GERCOC) e do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos (CEREDIC) do Hospital das Clínicas. “No nosso trabalho, avaliamos a concentração de selênio no plasma, nas hemácias e nas unhas. Também avaliamos a atividade da enzima antioxidante glutationa peroxidase, que é dependente de selênio”, revela Bárbara.

Os pacientes com doença de Alzheimer apresentaram deficiência importante de selênio, que também foi detectada nos idosos integrantes do grupo controle. Segundo Bárbara, “isso mostra que o Alzheimer está relacionado com uma queda do sistema antioxidante”.

A ingestão de selênio acontece por meio de alimentos ricos nesse mineral. O principal é a castanha-do-brasil, mas também é possível encontrar o nutriente em carnes, peixes, frutos do mar e também no trigo e produtos que o contêm. O teor de selênio nos alimentos está fortemente relacionado com a disponibilidade do mineral no solo. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste apresentam solos ricos no nutriente, enquanto nas regiões Sul e Sudeste, ele existe em pouca quantidade.

Um novo projeto está sendo elaborado, com início previsto para 2011, em que serão colhidos os resultados da complementação da alimentação de pacientes com Alzheimer.

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