ISSN 2359-5191

10/05/2000 - Ano: 33 - Edição Nº: 06 - Economia e Política - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Faturamento de indústrias aumenta até um terço com visita do IPT

São Paulo (AUN - USP) - Pequenas indústrias do setor plástico de São Paulo têm obtido melhoras em sua produção por meio do Projeto de Unidades Móveis (Prumo). Ele reorienta os meios de produção analisando como cada empresa pode otimizar sua manufatura.

Em uma avaliação que entrevistou 20 participantes do Prumo, realizada recentemente, chegou-se a dados surpreendentes relativos à evolução das 150 indústrias que já foram atendidas em 36 cidades do estado de São Paulo. Em média, foi constatado um aumento de 10% na produtividade. As empresas consultadas nessa abordagem informaram também que utilizam, após um ano do atendimento do projeto, cerca de 25% a mais de matéria-prima.

Além disso, o faturamento chegou a aumentar até 29% graças à reestruturação que ensinou aos pequenos fabricantes de plástico inclusive a reutilização das aparas que sobram na hora de tirar o plástico da fôrma que molda cada produto. Verificou-se ainda que as empresas, em razão de seu crescimento, têm comprado novas máquinas e contratado mais funcionários. Com isso, houve uma alta de 18% na geração de emprego das indústrias atendidas.

Um exemplo de bons resultados é o caso de uma indústria de tapetes de borracha para banheiros, que tinha dificuldade de vender seu produto porque ele era quebradiço e escorregadio. Depois de adotar os procedimentos sugeridos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a indústria começou a exportar e fechou acordos de comercialização com grandes redes de varejistas que antes não aceitavam os tapetes por causa da qualidade duvidosa.

Criado pelo IPT em parceria com o Sebrae-SP e o Instituto Nacional do Plástico, o Prumo atende empresas de até 100 funcionários. A assessoria acontece em várias etapas. Depois que o empresário interessado contata a central de operação do Prumo, um técnico do IPT vai até a indústria para fazer um diagnóstico preliminar. Ele retorna as informações para a central de operação que faz uma programação de atendimento, que é informada à empresa.

Após algum tempo, uma minivan ou perua do IPT especialmente adaptada para o projeto se desloca até a indústria de acordo com a programação pré-estabelecida. Com a ajuda de um responsável técnico da empresa, o Instituto faz uma série de sugestões de melhorias cuja aplicação será avaliada três meses depois em nova visita. Se as melhorias tiverem sido implementadas adequadamente, além das vantagens que representam, a empresa ainda recebe um atestado pelas entidades que coordenam o Prumo.

Apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Prumo é um projeto que acaba saindo muito barato para o empresário que o implementa. O custo total é de R$ 2,9 mil, dos quais o Sebrae paga R$ 2 mil. O restante é pago pela indústria que solicita atendimento, e acaba sendo rapidamente recuperado. "Só com o aproveitamento das aparas, o Prumo já se paga em pouco tempo" afirma Mari Katayama, diretora de projetos especias do IPT.

Já está sendo planejada uma ampliação do Prumo para outros tipos de indústria, como as de cerâmica, de móveis, de couros e calçados, de borracha e de tratamento de superfícies.

Leia também...
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br