ISSN 2359-5191

08/12/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 115 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Geociências
Grupo estuda formação geológica de bacia do Rio Grande do Sul

São Paulo (AUN - USP) - Estudos de proveniência podem ser utilizados para verificar variações ao longo da história de uma bacia. André Marconato discutiu o caso da Bacia Camaquã, que pertence ao grupo Santa Bárbara, no Rio Grande do Sul. A discussão foi parte do ciclo “Café Geológico”, realizado no Instituto de Geociências (IGc) da USP.

Marconato explica que esses estudos costumam ser utilizados para entender melhor os efeitos da ativação de um alto intrabacinal (no interior da bacia), para avaliar a atividade tectônica e a vegetação ou ausência de vegetação.

No caso de Santa Bárbara, os dados foram combinados com mapeamento geológico, levantamento de seções colunares, análise de elementos arquiteturais e análise de paleocorrentes. A análise de proveniência macroscópica foi realizada a partir de depósitos de conglomerados e arenitos conglomeráticos.

A análise macroscópica pode ser feita por frequência, volume ou área. A análise por frequência permite maior rapidez, porém a variação de granulação pode gerar enviesamento de dados. Esse problema pode ser superado pela análise por volume, que permite maior representatividade. Já a análise por área, evita também o enviesamento, podendo ser feita em depósitos litificados.

A Bacia de Camaquã apresenta depósitos fluviais, lacustres e marinhos. Ela é toda limitada por falhas de borda. Há intrusões graníticas que ocorreram durante as deposições sedimentares na bacia. Dentro da Bacia de Camaquã, o foco de Estudos é o grupo Santa Bárbara.

O grupo Santa Bárbara é formado entre o final do período Ediacarano e início do Cambriano. Há grande número de depósitos de arenito e arenitos conglomeráticos. Há também depósitos heterolíticos com elementos muito finos, onde é comum encontrar evidências de contração.

O grupo Santa Bárbara é divido em Estância Santa Fé, formação Serra dos Lanceiros, formação Arroio Umbu e formação Pedra do Segredo. Cada uma dessas áreas foi estudada detalhadamente, para avaliar suas características específicas de formação.

Algumas conclusões a que o estudo chegou foram que as falhas deposicionais são normais, com a falha de borda leste ativa durante o início da evolução da bacia e a falha oeste ativada mais tarde, durante o soerguimento do alto intrabacinal. Além disso, constatou-se que a resposta sedimentar ao soerguimento do alto intrabacinal de Caçapava do Sul foi a continuação da progradação (processo natural de sedimentação) na bacia. Esse caso específico permite comparações e estudos em outras áreas.

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