São Paulo (AUN - USP) - A Congregação dos Professores do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo outorgou na última sexta feira, 27/06, o Título de Professor Emérito ao professor aposentado Kenitiro Suguio, de 65 anos.
Centrando suas pesquisas no período cretáceo – de 146 a 65 milhões de anos atrás - e quaternário – de 1,65 milhões de anos até hoje -, é um dos cientistas vivos que tem a maior obra em geologia sedimentar no Brasil. Com cinco livros publicados, possui o diferencial de não escrever apenas livros-texto, mas também dicionários e livros didáticos, como o Dicionário de Geologia Sedimentar e o Dicionário de Geologia Marinha, vencedor do Prêmio Jabuti em 1993.
Durante 38 anos, Suguio dedicou-se à pesquisa, ensino e extensão no Instituto de Geociências. Formado lá em 1962, trabalhou na Petrobrás até 1965, quando começou a dar aulas. Fez pós-doutorado na Universidade de Tóquio e tornou-se Professor Titular em 1986. Liderou várias associações ligadas à geologia, sendo o fundador da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário, da qual hoje é vice-presidente.
Esta não é a primeira grande homenagem recebida da USP pelo professor. Em 1992, recebeu o título de Docente Pesquisador Modelo. Tem 31 orientações concluídas, entre mestrados e doutorados. Apesar de aposentado, o professor ainda leciona e pesquisa no Instituto. Ainda esta semana, uma tese sob sua orientação será apresentada.“Nos espelhamos nele por sua dedicação”, afirma o professor Wilson Teixeira, diretor do Instituto de Geociências.
Para quem quer conhecer melhor o trabalho de Kenitiro Suguio, há no site www.bibvirt.futuro.usp.br uma entrevista sua concedida ao programa de rádio Tome Ciência, da Rádio USP, em março de 1988, em que fala sobre a variação do nível do mar nos últimos 7 mil anos na costa brasileira.