São Paulo (AUN - USP) - O atendimento aos estudantes de escolas públicas e privadas é uma das principais atividades do Museu de Geociências da USP, que tem por objetivo divulgar as geociências aos alunos de diversas idades bem como introduzir conceitos de educação ambiental e temas atuais com ampla divulgação midiática – como os deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro e o tsunami no Japão.
O passeio cultural começa com uma palestra que reúne considerações gerais sobre geologia, história do planeta Terra, questões de destaque na atualidade e outros temas específicos que os professores dos grupos queiram abordar. Em seguida, ocorre a visita monitorada pelo Museu com alunos voluntários das graduações do Instituto de Geociências. A exposição conta com 45 mil amostras de minerais, minérios, gemas, rochas, espeleotemas, meteoritos e uma coleção de fósseis.
“Aqui não é só um museu de mineralogia”, afirma Ideval Costa, chefe técnico e responsável por incentivar os alunos a serem monitores voluntários. “Temos um diferencial”. Durante a visita, o público pode entender melhor o que são as geociências e como elas estão presentes em nossas vidas. Costa acredita, inclusive, que a relação entre candidato e vaga dos cursos de graduação oferecidos pelo Instituto vem crescendo devido a uma maior compreensão e interesse dos vestibulandos sobre o tema.
Desde 2004, o número de visitantes é alto – mais de dez mil estudantes passam todos os anos pelo Museu. Os atendimentos aos grupos escolares são divididos por idade: de 3 a 6 anos (são usadas brincadeiras e o lado lúdico para ensinar as crianças), ensino fundamental (com ênfase nos fósseis de dinossauros, os preferidos dessa faixa etária), ensino médio (em que é dada uma orientação vocacional) e até universidades.
Apesar do grande número de visitantes e da nova iluminação recebida durante essa semana, o Museu ainda precisa ser melhorado. Costa diz que um anteprojeto de reformulação do espaço foi elaborado, mas ainda tem de ser aprovado e por isso não há data definida para sair do papel. A idéia inicial é modernizar a exposição tanto em termos tecnológicos – com interação multimídia – quanto em termos de acessibilidade. Ainda que o Museu seja de fácil acesso aos cadeirantes, “algumas prateleiras da exposição são muito altas para essas pessoas enxergarem”. Outro problema apontado é a falta de textos em Braille em determinados pontos da mostra. Há ainda a intenção de se construir um laboratório interativo com uma grande janela para que os visitantes possam acompanhar seu funcionamento.
Fundado em 1934, o museu está localizado no primeiro andar do prédio de Geociências da USP e tem agenda aberta à visitação. O ideal, segundo Costa, é que os professores visitem o Museu antes de levarem os alunos para que conheçam a exposição e possam melhor aproveitá-la com a turma. Para atendimento a grupos organizados cobra-se R$ 1 por aluno de escolas públicas e R$ 3 por alunos de escolas privadas, para fins de manutenção.
Serviço
Telefone: (11) 3091 - 4670
E-mail: mugeo@edu.usp.br
Endereço: Rua do Lago, 562 - 1º andar - Cidade Universitária - São Paulo, SP.
Funcionamento: 3ª a 6ª - das 08h às 17h. Sábados, domingos e feriados - das 10h às 16h.