São Paulo (AUN - USP) - No dia 21 de junho, a aluna do curso de Comunicação Social, Amanda Demetrio, realizou sua defesa de tese de TCC na Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA).
Seu trabalho, denominado Projeto Wikileaks, teve como finalidade fazer uma análise comparada da cobertura sobre o Wikileaks do jornal americano The New York Times, do jornal britânico The Guardian e do jornal alemão Der Spiegel. Em uma visão geral disse: “O Guardian foi o melhor, com uma cobertura mais independente, exploraram os abusos políticos. O Der Spiegel tentou aproximar mais a situação aos alemães”.
O site é dividido em quatro partes. A primeira, denominada “O Wikileaks”, tem como objetivo explicar como ocorreu o vazamento de documentos confidenciais que versavam sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, além de revelar pontos de vista norte-americanos sobre diversos países no mundo. Além disso, ilustra como cada um dos três jornais escolheu uma abordagem diferente.
A segunda parte é “A ética”. Nela, Amanda buscou debater os conflitos em que os editores que firmaram parceiria com Julian Assange entraram, como a publicação dos documentos e a personalidade forte do próprio Assange. A aluna ainda colocou a questão se o Wikileaks era ou não uma organização jornalística. Para os que dizem sim, ela contra-argumentou que o Wikileaks não segue padrões jornalísticos. Mesmo assim, disse acreditar quem o Wikileaks era uma organização jornalística sem Estado, sem leis.
“O poder” é a terceira parte do projeto. Aqui se discutem as relações de poder entre o Wikileaks e os jornais aos quais ele se associou, levando em conta o direcionamento que a organização iria tomar.
A parte final, denominada “A rede”, comenta o impacto de toda essa situação na internet, falando desde os problemas com as grandes empresas que prestavam serviços ao Wikileaks, como Paypal e Amazon, e as romperam até a consequente retaliação da comunidade online.
Por fim, Amanda comentou o aspecto de que o Wikileaks tem pouco de “Wiki”, “já que sua estrutura hoje é pouco horizontal e colaborativa”.
Para mais informações acesse: www.projetowikileaks.com.br